O "Life Rupis", de acordo com os seus promotores, é um dos mais recentes projetos financiados pela União Europeia a decorrer em território português e espanhol, mais concretamente na Zona de Proteção Especial do Douro Internacional e Vale do Rio Águeda.
Destaca-se por ser um projeto transfronteiriço, com ações "concertadas" dos dois lados da fronteira para a conservação das áreas protegidas e que em vista a proteção de aves rupícolas como britango e a águia-perdigueira.
A informação do ICNF surge em resposta a questões da agência Lusa, após o município de Miranda do Douro, no distrito de Bragança, ter reclamado uma intervenção "urgente" na área protegida que foi atingida por "três grandes incêndios" no último verão. Os incêndios em causa afetaram o "coração" do ecossistema.
"O ICNF elaborou ainda durante o verão e nos dias que se seguiram aos incêndios, relatórios de estabilização de emergência e que se enquadram o acesso a ações de estabilização financiadas pelo PDR", explicou à Lusa fonte daquele organismo.
O presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, reclamou um forte investimento por parte do ICNF nas áreas ardidas e defendeu que os quatro municípios que integram o Parque Natural do Douro Internacional tenham um papel decisivo na elaboração de um plano contra incêndios e edificação de estruturas em toda área do parque natural.
Segundo o ICNF, o Plano de Ordenamento do Parque Natural do Douro Internacional está neste momento em processo de recondução para um programa especial de acordo com a legislação em vigor.
Outra das reivindicações das populações passa por uma maior diálogo entre a direção do Parque Natural e as autarquias.
O Parque Natural inclui o troço fronteiriço do rio Douro, bem como as superfícies planálticas confinantes pertencentes aos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta (distrito de Bragança) e Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda).
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