“Os incêndios que assolaram o concelho de Vouzela nos últimos dias 15 e 16 de outubro danificaram gravemente a maior parte das infraestruturas municipais destinadas à prática de desporto de natureza”, refere a autarquia, em comunicado.

Tento em conta a falta de condições de segurança em que se encontram estes equipamentos, o município “decidiu encerrar, até aviso em contrário, a totalidade da rede de percursos BTT, o Caminho de Santiago e a rede de percursos pedestres”.

“Nesta última rede, continua praticável e aberto a eventuais utilizadores o PR5 (Caminho de S. Miguel do Mato), o único que não foi atingido pelo fogo”, acrescenta.

Segundo a autarquia, “igualmente operacionais encontram-se as valências do centro de acolhimento”.

O presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, disse à agência Lusa que, devido aos incêndios, “o concelho todo foi completamente devastado, todas as freguesias foram atingidas”.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.