A Proteção Civil estima que o incêndio que deflagrou na segunda-feira em Oliveira de Frades e foi dominado hoje, depois de se estender a Sever do Vouga e Águeda, tenha consumido uma área de cerca de dois mil hectares.

Durante uma conferência de imprensa no posto de comando situado em Sever do Vouga, o comandante operacional do Agrupamento Distrital do Centro Sul, Luís Belo Costa, disse que o incêndio “ficou dominado pelas 07:20”.

O responsável adiantou ainda que estão a decorrer operações de consolidação que vão durar “muito tempo”, sendo esperadas “inúmeras reativações” ao longo do dia.

A informação da nova fase do incêndio, que deflagrou pelas 11:00 de segunda-feira numa zona de mato na localidade de Antelas, na freguesia de Arcozelo das Maias (distrito de Viseu), constava já pelas 08:00 no ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Às 08:09 de hoje, estavam mobilizados 734 operacionais no combate às chamas, apoiados por 249 veículos e três meios aéreos.

O fogo deflagrou na segunda-feira numa zona de mato na localidade de Antelas, concelho de Oliveira de Frades, no distrito de Viseu, e estendeu-se depois aos concelhos de Sever do Vouga e Águeda, no distrito de Aveiro.

Às 23:15 de terça-feira, o fogo em Águeda estava circunscrito e no de Sever do Vouga, segundo o município, havia várias frentes ativas.

Num ponto de situação pelas 19:00, a Proteção Civil indicou que 40% da área do fogo estava dominada no combate.

Um bombeiro de 41 anos morreu na segunda-feira enquanto combatia este incêndio no concelho de Oliveira de Frades.

Às 07:30 de hoje, e segundo o ‘site’ da ANEPC, estavam envolvidos no combate a 29 incêndios (em curso, em resolução ou em conclusão) 1.274 operacionais, apoiados por 402 veículos.

Dos 29 fogos, cinco estavam “em curso”, ou seja, ainda não tinham sido dominados/circunscritos.

Em fase de resolução estava às 07:30 um incêndio que deflagrou no domingo no concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria, que mobilizava 115 operacionais, apoiados por 34 viaturas.

No domingo, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) declarou a situação de alerta para 14 distritos a norte do Tejo devido ao aumento do risco de incêndio até às 23:59 de terça-feira.

Na terça-feira, esta situação foi estendida até ao final do dia de sexta-feira.

A medida abrange os distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Portalegre, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

Face às previsões adversas, a Proteção Civil acionou para os mesmos distritos o estado especial de alerta laranja, o segundo mais grave numa escala de quatro.

Em situação de alerta é proibida a realização de queimas e queimadas e o uso de fogo de artifício ou de outros artefactos pirotécnicos, e são proibidos o acesso, a circulação e a permanência em espaços florestais "previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios".

Também não são permitidos trabalhos florestais e rurais com equipamentos elétricos como motorroçadoras, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal.

Por causa do tempo quente, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou em risco máximo de incêndio 28 concelhos dos distritos de Bragança, Guarda, Viseu, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Santarém e Portalegre.

A informação disponível na página da Proteção Civil indica três estados para os incêndios rurais: em curso, em resolução e em conclusão.

(Artigo atualizado às 09:29)