“O incêndio está a alastrar em mais de 16 áreas habitadas, afetou cerca de 200 edifícios, várias serrações, um infantário está a arder, já há mortes”, disse o ministério de emergência desta região, através da aplicação Telegram.

Até ao momento, as autoridades locais confirmaram cinco pessoas mortas e declararam o estado de emergência na região, enquanto descrevem a situação como “difícil”.

Adiantaram também que cerca de 300 pessoas e mais de 90 veículos estão envolvidos no combate aos incêndios.

“O combate é complicado pelas condições meteorológicas – ventos fortes estão a acelerar a propagação dos incêndios e a impedir que estes sejam parados”, acrescentou o poder local.

Após a realização de uma reunião de emergência, o governador da região, Alexander Ourss, disse numa declaração que os incêndios tinham sido causados por ventos de até 40 metros por segundo em algumas áreas, em comparação com os 25m/s previstos.

Os relatos são de que estes ventos provocaram “a queda de árvores, sobreposições e queda de linhas elétricas”, o que fez com que os “incêndios deflagrassem simultaneamente em muitas áreas do território de Krasnoyarsk”.

Espera-se que os ventos permaneçam a esta intensidade durante “pelo menos 4 a 6 horas”, disse o gabinete do governador.

“Pedimos ajuda aos nossos territórios vizinhos, mas estamos conscientes de que isto só acontecerá no melhor dos casos dentro de algumas horas”, disse Alexander Ourss, acrescentando que deu ordens para que a eletricidade fosse cortada em algumas zonas da região, com exceção para instalações de suporte de vida, estações de serviço e sistemas de abastecimento de água”.

Nas áreas mais afetadas, “serão abertos pontos de alojamento temporário e será prestada assistência médica e psicológica às pessoas”.

A Sibéria tem sido fustigada desde há vários anos por incêndios de grandes dimensões e só em 2021 os incêndios que afetaram a Sibéria oriental foram responsáveis por 16 milhões de toneladas de carbono libertados na atmosfera, a quarta maior quantidade desde o início das medições em 2003, de acordo com o relatório anual europeu sobre o clima.