Em comunicado, a PJ refere que, durante aquele período, várias freguesias do concelho de Vila Verde, no distrito de Braga, foram atingidas por uma “onda simultânea de incêndios florestais, anormal e nunca vista na região, causando o pânico entre as populações locais”.

Os incêndios foram combatidos pelas corporações de bombeiros de Vila Verde, Amares, Barcelos, Barcelinhos, Viatodos, Braga, Terras de Bouro, Vizela e Vieira do Minho, estando no teatro de operações, no pico dos fogos, um total aproximado de 160 operacionais, apoiados por cerca de 50 viaturas e sete meios aéreos.

“Apesar deste enorme dispositivo de combate, a ocorrência de vários incêndios consecutivos e distantes uns dos outros obrigou a uma grande dispersão de meios, situação que colocou em perigo várias residências pela dificuldade de alocação de meios para as proteger com a rapidez necessária”, acrescenta a PJ.

Diz ainda que, embora não exista ainda uma estimativa real, a área consumida pelos incêndios ultrapassará os 300 hectares de floresta, constituída principalmente por eucaliptos, pinheiros e mato.

Segundo a PJ, os vários locais onde os incêndios ocorreram situam-se em zonas com condições de propagação a manchas florestais de grandes dimensões, “gerando enorme risco, potencialmente alimentado pela carga combustível ali existente e pela orografia própria da região, o que se traduziu em elevadíssimo perigo concreto para as pessoas, para os seus bens patrimoniais e para o ambiente”.

O detido, sem ocupação profissional, fazendo uso de viatura própria, terá recorrido a chama direta para as respetivas ignições, e atuou “motivado por incendiarismo”.

A PJ presume que o arguido seja autor de várias outras ocorrências semelhantes.

O suspeito foi detido na terça-feira, com a colaboração da GNR.

Vai ser presente à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.