O comandante José Ribeiro, responsável pelo Comando Distrital de Évora de Operações de Socorro (CDOS), revelou à agência Lusa que as vítimas “são todas civis” e apresentam “queimaduras”, tendo as duas consideradas como feridos graves sido “transportadas no helicóptero do INEM” para uma unidade hospitalar em Lisboa.
Já as outras quatro pessoas, consideradas feridos ligeiros, foram “transportadas para o Hospital de Évora”.
O alerta para o incêndio, que deflagrou na zona do Monte da Chapada, na União de Freguesias de São Bento do Cortiço e Santo Estêvão, nos arredores de Estremoz (Évora), foi dado aos bombeiros às 18:30, disse o comandante distrital.
O fogo “já está dominado”, acrescentou, referindo que se encontram no local 86 operacionais, apoiados por 29 veículos, dos bombeiros, sapadores florestais, GNR, Serviço Municipal de Proteção Civil e juntas de freguesia do concelho.
“O que tivemos foi um incêndio rural que progrediu com muita violência”, devido aos “ventos muito fortes” registados na zona, e que lavrou “numa zona de pasto, mato e olivais, com algumas habitações dispersas”, assinalou o comandante José Ribeiro.
As vítimas, cujo sexo e idade o responsável do CDOS não soube precisar, apesar de referir que “são jovens na casa dos 20 anos”, encontravam-se numa habitação próxima de onde o fogo deflagrou, denominada Monte do Cerradinho.
“De acordo com a informação que foi possível apurar, ao tentarem sair de uma habitação terão sido atingidas pelo incêndio”, acrescentou.
A “primeira viatura” dos bombeiros a chegar a local “ainda tentou ir a esta habitação”, mas não conseguiu chegar, face à “violência do incêndio”, referiu.
“Tivemos ventos fortíssimos em Estremoz, com registo de quedas de árvores, e, com esta violência de propagação, acabaram por ser afetados”, lamentou o comandante distrital.
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Estremoz, Luís Mourinha, disse que as seis vítimas “não são do concelho”, explicando que “estavam numa quinta" onde terá “começado o incêndio”.
O fogo terá sido “provocado aparentemente por uma faísca dos cabos da energia elétrica”, afirmou, assinalando, contudo, que, agora, “cabe à GNR investigar”.
O Comando Territorial de Évora da GNR, questionado pela Lusa sobre estes feridos em Estremoz, disse não ter nada a reportar.
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