Domingos Carvas disse à agência Lusa que a situação no terreno “continua muito mal” e que o fogo avança em três frentes, lamentando não haver mais meios disponíveis para reforçar o combate.
Essa foi, afirmou, a informação que lhe foi transmitida pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
O fogo deflagrou cerca das 13:00, junto à Autoestrada 4 (A4), chegou a ser dado como dominado, mas reativou-se com muita intensidade e empurrado pelo vento forte e cruzado e seguiu em direção a três aldeias: Vilarinho de Parada, Parada do Pinhão e Paredes.
A situação mais grave é a de Parada do Pinhão, aldeia onde arderam “três casas contíguas”, não se sabendo ainda se eram de primeira habitação, e algumas pessoas, idosas e acamadas, foram retiradas, por precaução por causa do fumo, para a igreja, uma escola primária de outra localidade vizinha e ainda para o Lar Miguel Torga, em São Martinho de Anta.
Segundo informações recolhidas na localidade, as chamas atingiram ainda um armazém de lenha, que abastecia uma panificadora, e ardeu ainda um trator e um carro.
A Estrada Nacional 15 (EN15), entre Parada do Pinhão e o nó da Balsa da A4, está cortada ao trânsito devido ao incêndio.
Domingos Carvas referiu que foram as projeções que levaram o fogo até esta aldeia, numa altura em que os meios estavam empenhados no combate a outra frente.
“Foi tudo muito rápido e três aldeias em simultâneo e foi difícil arranjar meios para todas as aldeias e todas separadas umas das outras”, frisou.
O autarca disse esperar que o vento, que sopra com menos intensidade, permita dominar o incêndio durante a noite, no entanto frisou que “há ainda muito, muito trabalho pela frente”.
Em Vilarinho de Parada, o fogo queimou terrenos agrícolas, armazéns e aproximou-se das casas.
Domingos Carvas salientou o telefonema solidário do Presidente da República.
Segundo a página da Internet da ANPC, estão mobilizados para este incêndio cerca de 230 operacionais e 60 viaturas.
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