"Com as alterações climáticas, precisamos de dar outras condições à Proteção Civil, de reforçar meios, de refletir sobre a maneira de atuar, senão as pessoas não conseguem estar em segurança nesta região", defendeu Ricardo Aires, já depois de ter sido considerado dominado o fogo que atingiu durante três dias mais 3.700 hectares do concelho.

O autarca frisou que o que está em causa "não é a atuação deste Governo ou de qualquer outro Governo", mas antes uma preocupação séria com o destino da população de um pequeno concelho do interior, que tem sido devastado pelas chamas ano após ano.

"Chega", desabafou o autarca.

Ricardo Aires prefere "não alimentar polémicas" com o primeiro-ministro, António Costa, que, na segunda-feira, disse que os autarcas são os "primeiros responsáveis pela proteção civil em cada concelho", em resposta a críticas à falta de meios, feitas no terreno por autarcas de Vila de Rei e Mação.

"Somos todos responsáveis. O primeiro-ministro reagiu a quente, o que é compreensível perante a situação. Eu também disse algumas coisas a quente que podem soar mais duras", disse.

O presidente de Vila do Rei insistiu, no entanto, que os meios iniciais de combate ao incêndio foram insuficientes, situação que acabou por ser corrigida no segundo dia.

"O que interessa agora é refletir e dar mais condições para que a Proteção Civil tenha mais meios para combater os incêndios", resumiu Ricardo Aires, que pediu ao Governo que acelere o processo de aprovação do cadastro florestal.

O autarca acrescentou ainda que os serviços camarários estão a prestar apoio psicológico às populações afetadas pelas chamas e que está a ser feito um levantamento dos prejuízos, com especial atenção no setor agrícola.

"Vamos enviar esses dados ao Ministério da Agricultura, na esperança de que seja aprovado rapidamente o apoio aos agricultores", referiu.

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