Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus, explicou que o realojamento foi feito para garantir alguma estabilidade e não apenas para resolver a situação durante uma ou duas noites.

"Tanto quanto foi possível, procurámos alojamento que não seja meramente transitório, mas para garantir estabilidade, até porque vai impor-se um plano especial de apoio ao realojamento e ao apoio à habitação de quem não tem outra alternativa de habitação própria ou permanente", esclareceu.

Ao todo, arderam perto de uma centena de habitações principais, secundárias ou devolutas, para além de barracões, oficinas, ‘stands' de automóveis e algumas unidades situadas na zona industrial da Adiça.

De acordo com o autarca, a mancha florestal ardida ainda está a ser quantificada. No entanto, estima que possa ter ardido "três vezes o que ardeu no incêndio de 2013", que então consumiu 60 quilómetros quadrados da Serra do Caramulo, no concelho de Tondela.

"Se me deslocar do limite de Barreiro de Besteiros, seguindo por Dardavaz, Vila Nova da Rainha e Mouraz até à Lageosa do Dão, tenho uma linha linear de 40 quilómetros sem uma árvore em pé", lamentou.

No concelho de Tondela contam-se duas vítimas mortais em consequência direta dos incêndios: "Uma pessoa da Lajeosa do Dão e outra de Saldonas, tendo ainda falecido um homem em Canas de Santa Maria de ataque cardíaco, por pânico e ansiedade".