De acordo com o coordenador do Plano Nacional de Saúde, Rui Portugal, a partir de 2008, as melhorias no Sistema Nacional de Saúde passaram a ocorrer a um ritmo muito mais lento, esperando-se agora a sua recuperação.

“A partir de 2008 houve um desaceleramento da melhoria deste indicador”, adiantou, o que foi “coincidente com a crise”, disse a propósito da Conferência Plano Nacional de Saúde – Desafios presentes, que decorre hoje em Lisboa, Rui Portugal deu o exemplo da qualidade de vida em pessoas com mais de 65 anos. O objetivo é aumentar em 30 por cento a esperança de vida saudável e com qualidade aos 65 anos, bem como reduzir as diferenças entre géneros, uma vez que as mulheres têm uma pior qualidade de vida nesta idade.

Relativamente a outra meta prevista no Plano Nacional de Saúde, a de reduzir a mortalidade abaixo dos 70 anos a 20 por cento do total da mortalidade, registam-se “melhorias”, embora ainda seja necessário “algum esforço para evitar esta mortalidade”. O objetivo passa por intervenções ao nível do comportamento (alimentação, tabaco, sal) e na melhoria do acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

João Portugal disse ainda esperar que a melhoria dos indicadores de saúde retome o seu ritmo de crescimento anterior à crise e foca o investimento em fatores que possam melhorar a vida das pessoas: “A responsabilidade de cada um pela sua saúde”.