"O distrito do Porto continua a ser aquele que regista um maior número de casos, com 1.102 doentes encaminhados através da Via Verde do AVC, seguido de Lisboa e Braga, com 990 e 406 casos, respetivamente", assinalou em comunicado o INEM.

A média de 14 casos diários em 2020 é superior aos 12 casos diários no ano anterior (total de 4.415), especificou, adiantando que, já em 2021, até 29 de março, o INEM encaminhou 1.450 casos de AVC, ou seja, uma média de 16 casos diários.

Na véspera do Dia Nacional do Doente com AVC, que se assinala na quarta-feira, o INEM alertou para os principais sintomas desta doença súbita: falta de força num braço, boca ao lado e dificuldade em falar.

Os números referentes a 2020 indicam também que o Hospital de Braga foi o que mais casos suspeitos de AVC recebeu através da Via Verde do AVC, com 380 registos.

Seguem-se o Centro Hospitalar Lisboa Norte - Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e o Centro Hospitalar e Universitário São João, no Porto, com 335 e 330 casos, respetivamente.

O INEM especificou ainda a evolução do número de casos nos últimos anos: 3.115 (2015), 3.386 (2016), 3.164 (2017), 3.496 (2018), 4.415 (2019), 4.939 (2020).

O AVC é um défice neurológico súbito, motivado por isquemia (deficiência de irrigação sanguínea) ou hemorragia no cérebro e continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal, sendo também a principal causa de morbilidade e de potenciais anos de vida perdidos no conjunto das doenças cardiovasculares.

O INEM destacou que "as primeiras horas após o início dos sintomas de AVC são essenciais para o socorro da vítima, pois é esta a janela temporal que garante a eficácia dos principais tratamentos".

E acrescentou: "Por esse motivo, a colaboração com os profissionais do Centro de Orientação de Doentes urgentes (CODU) do INEM é fundamental para uma correta triagem e encaminhamento de todas as situações suspeitas de AVC".

Para prevenir um AVC, "deve-se adotar hábitos de vida saudáveis, evitar o tabaco e a vida sedentária e ter especial atenção a doenças como a hipertensão, diabetes ou arritmias cardíacas", advertiu.