Num comunicado na sequência do alerta feito hoje pela presidente do Conselho Português de Ressurreição (CPR) sobre a aplicação do Decreto-Lei 184/2012, que tornou obrigatória, no prazo de dois anos, a instalação de equipamentos DAE em determinados locais de acesso público, o INEM apresentou números desse trabalho.
Sobre os espaços em que é obrigatória a instalação de DAE, o INEM informou que “todos os aeroportos e portos comerciais e a totalidade das estações ferroviárias, metro e de camionagem previstas nesta obrigatoriedade têm um programa de DAE licenciado”.
“De igual forma, mais de 80% dos conjuntos comerciais abrangidos pelo diploma também já têm um programa de DAE”, acrescenta o comunicado, informando “que só nos primeiros sete meses de 2017 foram já licenciados mais programas de DAE do que em qualquer outro ano anterior a 2016″.
Reportando-se às entidades solicitantes, como empresas e organizações que em nome de “uma política de responsabilidade social” quiseram melhorar as “condições de segurança”, deu como exemplo “autarquias, empresas privadas, entidades com complexos desportivos e estabelecimentos de ensino”.
O INEM considerou ainda o aumento do número de programas de DAE licenciados em 2016 e 2017 “fruto da fiscalização preventiva referente aos espaços onde é obrigatória a implementação de um programa de DAE”.
“Essas fiscalizações preventivas têm partido da iniciativa não só do INEM mas de outras entidades públicas com responsabilidade nesta matéria como por exemplo a Direção Geral das Atividades Económicas relativamente aos espaços comerciais ou do Instituto da Mobilidade e Transportes no que se refere ao setor dos transportes”, acrescentou.
Sobre os festivais de verão, o INEM explicou que cada organização “contrata empresas de prestação de cuidados médicos que dispõem não só de DAE, mas de todo o equipamento de Suporte Avançado de Vida (SBV) para dar uma resposta eficaz a qualquer emergência de saúde que possa acontecer nos recintos dos festivais”.
O INEM anunciou ainda ter “capacitado todas as ambulâncias” que opera, bem como as dos Bombeiros Voluntários e da Cruz Vermelha Portuguesa “num total de 530 viaturas, com um DAE, para além de dar formação para utilização dos equipamentos”.
Em declarações à Lusa, a presidente do CPR, Adelina Pereira alertou hoje para o facto de, cinco anos volvidos da publicação da lei sobre a instalação de equipamentos de desfibrilhação automática externa (DAE) em locais de acesso público, “muito está por fazer”.
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