"O INEM informa que durante a manhã de amanhã [segunda-feira], dia 17 de dezembro, o helicóptero de Macedo de Cavaleiros retomará a sua atividade normal. Num esforço conjunto entre o INEM e a empresa que fornece o serviço de helitransporte ao Instituto, será possível substituir a aeronave ontem [sábado] acidentada na Serra de Santa Justa, e assegurar a respetiva tripulação (médico, enfermeiro e pilotos)", afirma o organismo, em comunicado divulgado esta noite.

Desta forma, o INEM "volta a assegurar o funcionamento pleno do dispositivo afeto ao Serviço de Helicópteros de Emergência Médica", disponibilizando quatro helicópteros "exclusivamente dedicados à emergência médica", em permanência, com as respetivas bases localizadas em Macedo de Cavaleiros e Évora (helicópteros ligeiros) e Santa Comba Dão e Loulé (helicópteros médios).

“Neste momento, as principais preocupações do INEM são a reposição deste importante serviço que é prestado aos cidadãos, a par do acompanhamento e apoio que é necessário assegurar às famílias em luto e aos próprios profissionais do INEM”, refere o mesmo comunicado.

Na nota, o organismo agradece “a todos os operacionais do INEM e demais agentes de proteção civil que, em condições particularmente difíceis, tudo fizeram para que o helicóptero acidentado fosse rapidamente encontrado”, realçando ainda o “trabalho das diversas equipas de psicólogos do INEM que foram mobilizadas para prestar apoio aos familiares das vítimas e aos próprios operacionais do Instituto”.

“Este trabalho de apoio psicológico está em curso e vai continuar enquanto necessário”, afirma ainda.

No comunicado, o INEM reitera as suas “sinceras e sentidas condolências às famílias das vítimas”.

“Este é, naturalmente, um momento particularmente difícil e extremamente doloroso para a nossa Instituição e seus profissionais, agradecendo-se todas as numerosas mensagens de solidariedade recebidas”, menciona.

A queda de um helicóptero do INEM, ao final da tarde de sábado, no concelho de Valongo, distrito do Porto, causou a morte aos quatro ocupantes.

A bordo do aparelho seguiam dois pilotos e uma equipa médica, composta por médico e enfermeira.

O Governo determinou à Proteção Civil a abertura de um “inquérito técnico urgente” ao funcionamento dos mecanismos de reporte da ocorrência e de lançamento de alertas relativamente ao acidente com o helicóptero.

A avaliação preliminar dos destroços indica que a queda da aeronave aconteceu na sequência da colisão com uma antena emissora existente na zona, segundo o gabinete que investiga acidentes aéreos.

A aeronave em causa é uma Agusta A109S, operada pela empresa Babcock, e regressava à sua base, em Macedo de Cavaleiros, Bragança, após ter realizado uma missão de emergência médica de transporte de uma doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto.

Nas declarações à Lusa, Jaime Marta Soares manifestou ainda os “sentidos pêsames aos familiares das vítimas”, uma das quais, a enfermeira, tinha sido bombeira.

A Liga tem estado envolvida num conflito com o Governo após ter anunciado que iria deixar de participar na estrutura da ANPC.


Notícia atualizada às 23:59