Rodrigo Saraiva pronunciava-se, desta forma, sobre o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa que hoje, durante a sessão solene do 112º aniversário da implantação da República, falou dos governos que "tendem quase sempre a ver-se como eternos" e das oposições "quase sempre a exasperarem-se pela espera", afirmando em seguida que "nada é eterno" e que "a democracia é por natureza o domínio da alternativa, própria ou alheia".
“O Presidente da República fez um paralelo histórico bastante interessante e puxou pelas alternativas e da exigência”, mas “parece que o Presidente da República não aprendeu com a história”, observou Rodrigo Saraiva.
“Temos um problema, é que não tem havido alternativa na história da democracia em Portugal. O que tem havido é uma alternância e uma alternância coxa. Basta ver que o PS está a governar 20 dos últimos 27 anos”, acrescentou.
Para Rodrigo Saraiva, Marcelo Rebelo de Sousa “tem sido infelizmente um bom exemplo da pouca exigência que tem de existir sobre os poderes, começando pelos governos e também as oposições”.
“Temos feito o nosso trabalho, sobretudo para demonstrar que tem de existir uma alternativa”, indicou, afirmando que a IL tem sido “o partido, em todas as áreas, que tem mesmo uma visão alternativa à destes governos que têm desgovernado este país”.
E sublinhou: “Gostaríamos que o Presidente da República fizesse o que tem de fazer para que exista alternativa na democracia em Portugal, começando pelo Presidente da República”.
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