Os números são revelados este sábado pelo Jornal de Notícias (acesso fechado), com base em conclusões da versão preliminar do relatório do IGAS, que a publicação teve acesso.
Das "inconformidades" detetadas houve ainda um número de situações (não especificado no relatório) enviadas para o Ministério Público e para o Instituto da Segurança Social.
"Foram enviados diretamente para o Ministério Público sempre que foram detetados comportamentos que podem corresponder à violação de normas de natureza penal", cita o JN.
A IGAS considerou como indevidas e violadoras das normas da fase 1 (profissionais de saúde) os casos de vacinação de membros de conselhos de administração de serviços de saúde, administradores de entidades do setor privado ou social, bem como de profissionais de saúde não envolvidos diretamente na prestação de cuidados de saúde a doentes. Também identificou como irregularidades a inoculação de "pessoas não elegíveis para qualquer dos grupos prioritários nem pertencentes aos estabelecimentos, serviços e outras entidades não indicadas nos diferentes grupos prioritários".
A Administração Regional de Saúde do Norte e Lisboa e Vale do Tejo foram duas entidades onde a IGAS conclui, pelas evidências analisadas, que o processo de vacinação não decorreu de acordo. Outros casos de inconformidades foram detetados nos centros hospitalares universitário do Porto, Lisboa Norte ou no Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil (Porto).
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