A PJ está também a realizar buscas para apreensão de documentação no Ministério da Defesa e na Cruz Vermelha Portuguesa, avança a agência Lusa.

Numa nota publicada no site oficial da Procuradoria-Geral Distrital (PGD) de Lisboa, o Ministério Público (MP) confirma “a realização de buscas destinadas à recolha de elementos de prova relativos à prática dos crimes de corrupção passiva, peculato e abuso de poder”, envolvendo "altos responsáveis de serviços centrais da Administração Pública do Estado".

A nota refere ainda que as diligências procuram apurar "responsabilidades individuais de dirigentes da administração pública da área de serviços com a missão designadamente do controlo financeiro e fiscal do Estado, da área ministerial, incluindo uma Instituição humanitária de utilidade pública e uma empresa privada".

Segundo o Ministério Público, os atos ilícitos em causa "lesaram gravemente o Estado nos seus interesses financeiros".

O processo, que está a ser investigado sob a direção do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP), e na operação intervêm 50 inspetores da PJ, peritos informáticos e financeiros da PJ, seis magistrados do MP e quatro auditores, indica a nota da PGD de Lisboa.

A notícia sobre as buscas da PJ foi avançada pelo Correio da Manhã, que escreve que em causa estão suspeitas de venda de informações confidenciais para o exterior, por parte de inspetores das Finanças, sendo um dos visados o inspetor-geral, Vítor Braz.

A Lusa questionou o Ministério das Finanças, mas fonte oficial recusou-se a comentar, dizendo que não comentava “processos judiciais em curso”.

[Última atualização às 13h19 - Inclui informação adicional sobre as buscas disponibilizada numa nota emitida pelo Ministério Público]