A inspetora da PJ já tinha sido absolvida na primeira instância, em 2014, foi depois condenada a 17 anos de prisão pela Relação de Coimbra, mas o Supremo recusou a decisão e o julgamento começou a ser repetido em maio, novamente com recurso a tribunal de júri.

Nas alegações finais, em julho, o Ministério Público (MP) pediu a pena máxima – 25 anos de prisão – para a inspetora, considerando que houve “motivação económica” para a prática do crime, com o procurador a sustentar que a inspetora e o marido tinham uma situação financeira que, “embora equilibrada e controlada, não era brilhante”.

Já a advogada de defesa Mónica Quintela reiterou, tal como fez no primeiro julgamento, em 2014, que a investigação não tem credibilidade, apontando para várias contradições e insuficiências, e defendeu a absolvição da sua cliente.

A defesa da arguida sublinhou que nada demonstra que as cinco partículas detetadas no blusão tenham resultado de disparos, visto que a roupa esteve em contacto com o chão do gabinete de um inspetor antes de ser analisada.

Ana Saltão, que reafirmou a sua inocência durante o julgamento, é acusada de ser a autora de mais de dez disparos que mataram Filomena Alves, de 80 anos, numa residência em Coimbra, na tarde de 21 de novembro de 2012.

A inspetora da PJ foi inicialmente absolvida em 2014, por um tribunal de júri, em que o presidente do coletivo de juízes, João Ferreira, considerou ser “mínima a probabilidade de a arguida ter cometido os crimes nos termos da acusação”.

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