"Numa altura em que o Governo entendeu alargar o âmbito da segurança interna durante a visita do Papa Francisco ao território nacional, implementando, temporariamente, o controlo da circulação de pessoas e bens em todas as fronteiras nacionais, torna-se evidente que apenas um esforço suplementar das mulheres e dos homens que constituem a Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF poderá colmatar a endémica falta de efetivos que afeta este serviço", pode ler-se num comunicado divulgado pelo DN esta segunda-feira.
Entre os dias 9 e 14 de maio, período que engloba os dois dias em que o Papa Francisco visitará Fátima, a greve dos inspetores do SEF às horas extraordinárias será levantada, de forma a garantir que a operação de segurança montada devido à presença do bispo de Roma em território nacional funcione corretamente na zona fronteiriça.
Em causa está uma greve declarada desde o primeiro dia de junho de 2013, há quatro anos, pelo Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras que reivindicam a contratação de inspetores do SEF, declarando uma "gravíssima" falta de meios humanos e revelando que não há qualquer ingresso de novos inspetores entre 2004 e 2017, obrigando os trabalhadores em funções a um "sacrifício" adicional.
No final, o comunicado deixa um novo apelo ao Governo, pedindo que no fim deste período de excecionalidade" possa existir uma resposta, com o Sindicato a sublinhar que os pressupostos da greve se encontram atualmente "totalmente válidos", e a reconher que o "elevado sentido de missão e espírito de serviço público" destes profissionais sempre "esteve à altura dos desafios apresentados ao Estado Português", como aquele que agora se coloca com a visita do Papa a Portugal.
O exercício da atividade laboral fora do horário legalmente definido abrange os regimes de turno, piquete e prevenção.
[Notícia atualizada às 17h29]
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