Os criminosos já usam as ferramentas de IA para cometer delitos que vão desde fraudes online e ataques cibernéticos à criação de imagens explícitas de menores, alertou a Europol.

Num relatório de 37 páginas, a agência alegou que já existem denúncias de "material de abuso sexual infantil gerado e assistido por IA".

Associações de apoio especializado à vítima de violência sexual:

Quebrar o Silêncio (apoio para homens e rapazes vítimas de abusos sexuais)
910 846 589
apoio@quebrarosilencio.pt

Associação de Mulheres Contra a Violência - AMCV
213 802 165
ca@amcv.org.pt

Emancipação, Igualdade e Recuperação - EIR UMAR
914 736 078
eir.centro@gmail.com

"O uso da IA que permite aos abusadores gerar e alterar o material sexual infantil, está destinado a proliferar-se ainda mais num futuro próximo" alertou a agência com sede em Haia.

As imagens sexuais criadas por IA "aumentam a quantidade de material ilícito em circulação e complicam a identificação das vítimas e dos autores".

Mais de 30 milhões de crianças foram vítimas de exploração e abusos sexuais na internet no último ano, segundo uma investigação da Universidade britânica de Edimburgo, em maio.

Os delitos vão desde a chamada sextorção, em que os criminosos exigem dinheiro às vítimas para manter as imagens privadas, até o abuso feito pela IA para criar deepfakes, vídeos que não são reais, segundo o programa Childlight Global Safety Institute.

O auge da IA provocou crescentes medos no mundo todo pela possibilidade do seu uso mal intencionado.

"O volume de material sexual autogerado constitui agora uma parte significativa e crescente do material de abuso sexual de menores disponível online", declarou a Europol.

"Mesmo que o conteúdo seja totalmente artificial e não represente uma vítima real, o material sexual infantil gerado por IA continua a contribuir para a objetificação e sexualização das crianças", advertiu.