Segundo o JN, existem instituições a exigir elevadas mensalidades e obras de milhares de euros para instalar equipamentos, estado a ANAFRE (Associação Nacional de Freguesias) a esperar que o governo assuma compromissos.

O jornal sublinha que o número de caixas multibanco em Portugal aumentou 1% no ano passado relativamente a 2022, passando de 12.366 para 12.501, porém este é um aumento que não alterou o desequilíbrio deste serviço no país. Segundo um estudo do Banco de Portugal, com dados de 2022, 41% das freguesias (1.276 em 3.091) não tinham ponto de acesso a dinheiro. Por exemplo, nos principais centros urbanos e no Litoral, há um caixa perto, mas, no Interior, isto não acontece. Os distritos de Vila Real, Beja e Bragança são os mais mal servidos, isto porque para existir multibanco nestes locais, os bancos exigem contrapartidas, ao contrário do que acontece nos grandes centros urbanos.

Segundo ANAFRE, citada pelo JN, a associação espera que o novo Governo não deixe cair o acordo que “o anterior negociou com a banca para a colocação, sem custos para as juntas, de 200 multibancos nas freguesias mais necessitadas”, revelou o presidente Jorge Veloso, sendo que este processo ficou suspenso com a queda do Governo PS.

O Ministério da Coesão diz ao JN que “estão a ser analisadas diversas estratégias para encontrar a melhor solução”, sendo que até ao momento a solução apresentada por alguns bancos a várias juntas de freguesia passa por estas pagarem uma renda mensal de centenas de euros e construírem um bunker, que custa milhares, para a máquina ficar em segurança. O Banco de Portugal diz que estas exigências dos bancos são legais, diz o jornal.

Segundo o estudo divulgado pelo Banco de Portugal, nas 1.276 freguesias que, em 2022, não tinham multibanco, viviam 740 mil pessoas.