Com sede em Lyon, França, a Interpol é a maior organização internacional de polícia e tem como objetivo ajudar a combater a criminalidade além-fronteiras.
“Trabalhamos para garantir que as policias à volta do mundo têm acesso às ferramentas e serviços necessários para desempenharem eficazmente o seu papel. Fornecemos treino especifico, apoio à investigação, informação relevante e canais de comunicação seguros”, pode ler-se no site da organização.
Criada em 1923, a Interpol começou por se chamar Comissão Internacional de Polícia Criminal, adotando a denominação atual em 1956.
A organização faz a ligação entre polícias de 190 países membros, tendo delegações regionais e representações nas Nações Unidas e União Europeia. Os países membros contribuem para o orçamento da organização e dispõem gabinetes nacionais.
Entre as principais missões da Interpol está o combate ao crime organizado, aos crimes ambientais, a luta contra a pirataria marítima, o tráfico de seres humanos e a criminalidade informática.
Esta organização dispõem de uma espécie de internet privada que lhe permite fazer pesquisas numa base dados mundial ultra segura.
Em Portugal, a Interpol integra a Unidade de Cooperação Internacional da Polícia Judiciaria.
Com o objetivo de melhorar a coordenação entre as várias autoridades de segurança nacionais e internacionais, o Governo decidiu criar, em março deste ano, um Ponto de Contato Único Nacional sob a égide do Secretário-Geral do Sistema de Segurança Interna.
Este Ponto de Contacto Único visa “permitir aprofundar e incrementar a cooperação policial e contribuir para uma melhor coerência da troca e partilha de informações com os parceiros internacionais, com reflexos ao nível da cooperação entre as forças e serviços de segurança nacionais”, pode ler-se no comunicado do Executivo.
Interpol nos Jogos Olímpicos
Com o objetivo de reforçar a segurança nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, a Interpol destacou uma equipa para o Brasil, composta por vários agentes, entre os quais especialistas em antiterrorismo, informou a organização a dois dias do começo da competição.
Esta equipa IMEST (Interpol Major Events Support Team), esta sediada no Centro de Cooperação da Polícia em Brasília, e terá acesso direto não só aos bancos de dados da organização, como poderá trocar mensagens urgentes e outras informações (impressões digitais, fotografias, DNA, registos de pessoas procuradas) com os 190 países membros da organização, explica a Interpol em comunicado.
O IMEST coopera com 255 polícias de 55 países. Os seus bancos de dados contêm, em especial, informações sobre "mais de 7.700 combatentes terroristas estrangeiros".
Para garantir a segurança no país, o Brasil realiza em média cerca de um milhão de controlos diários nas fronteiras através da base de dados SLTD (Stolen and Lost Travel Documents), que lista cerca de 60 milhões de passaportes perdidos ou roubados, e do banco de dados de pessoas procuradas, informa a Interpol, sediada em Lyon.
"Graças à rede internacional da Interpol, as autoridades brasileiras poderam expandir o seu perímetro de segurança para lá das suas fronteiras", observa seu secretário-geral, Jurgen Stock, em comunicado.
"Ninguém pode prever de onde partirá a próxima ameaça de atentado, razão pela qual a cooperação internacional é essencial", acrescentou.
O ministro brasileiro da Defesa, Raul Jungmann, reconheceu recentemente que o calcanhar de Aquiles do país estava nos 17.000 km de fronteiras que compartilha com dez países.
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