A votação, que se realizou durante a 86.ª Assembleia-Geral da agência internacional que decorreu nos últimos dias em Pequim, contou com o apoio de 75 Estados-membros.
No entanto, durante a votação 34 países abstiveram-se e outros 24 votaram contra, entre eles Israel e os Estados Unidos, que se opuseram desde o primeiro momento à entrada da Palestina na Interpol.
A última tentativa para conter a entrada da Palestina no organismo aconteceu na terça-feira quando os EUA apresentaram uma moção para travar o processo de admissão, que não foi aprovado pelos outros Estados-membros.
A Palestina já tinha tentado integrar a Interpol durante a anterior Assembleia-Geral que decorreu em Bali, na Indonésia, quando a votação sobre a admissão foi suspensa.
Na altura, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a polícia israelita mostraram-se satisfeitos com a decisão, que consideraram um “triunfo para a diplomacia de Israel”.
A Palestina, que em 2012 foi admitida “como Estado observador” na ONU, esperava integrar a Interpol como parte da sua estratégia para conquistar o reconhecimento internacional ante a estagnação do processo de paz com Israel e da falta de perspetiva de um acordo entre as partes.
Em 2011, a Palestina foi admitida como membro da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e em 2015 do Tribunal Penal Internacional.
A Assembleia-Geral da Interpol que também aprovou a entrada das Ilhas Salmão. O Kosovo, que também tinha pedido a adesão, retirou a candidatura na terça-feira por falta de apoio.
Com a entrada da Palestina e das Ilhas Salomão, a organização fica composta por um total de 192 membros.
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