“Estou envergonhado por ter feito parte disto, muito, muito envergonhado”, sublinhou Robert Scott Palmer, natural da Florida, em declarações no tribunal federal do Distrito de Columbia.
A defesa de Palmer, detido em março e que se declarou culpado da acusação de agressão às forças policiais, tinha pedido uma pena inferior a dois anos de prisão, que foi rejeitada pela juíza Tanya Chutkan.
A magistrada salientou, durante a leitura da sentença, que tinha de “deixar claro” que as ações em que Robert Scott Palmer esteva envolvido não podiam repetir-se novamente, noticiou a agência EFE.
Palmer confessou ter atirado uma placa de madeira contra forças policiais do Capitólio e admitiu ter usado um extintor, até que ficasse vazio, antes de atirar o objeto contra os polícias.
Em 06 de janeiro, centenas de manifestantes apoiantes do ex-presidente republicano Donald Trump investiram sobre a polícia para invadir o Capitólio e interromper a confirmação da vitória eleitoral de Joe Biden, na sequência de reiteradas acusações de Trump sobre a existência de fraude eleitoral generalizada, sem fundamentação credível.
Um outro invasor do Capitólio, Scott Fairlamb, de Nova Jersey, foi condenado em novembro a 41 meses de prisão, após se ter declarado culpado em agosto, pela sua participação no ataque e agressão a um polícia.
Já o homem que invadiu o Capitólio e que se evidenciou por pinturas na face e um gorro com chifres foi condenado em 17 de novembro a três anos e meio de prisão por um tribunal de Washington.
Jacob Chansley, 34 anos, “tornou-se um ícone” dos dias de caos que abalaram a democracia norte-americana, disse o juiz Royce Lamberth ao pronunciar uma sentença de 41 meses de prisão ao ativista apoiante do ex-Presidente Donald Trump.
Armado com uma lança e sem camisa, este autoproclamado xamã e adepto das teorias da conspiração da organização radical QAnon participou na invasão do Capitólio, ao lado de centenas de apoiantes de Donald Trump, para impedir que os congressistas validassem a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial de 2020.
No total, 658 pessoas foram acusadas, em diferentes graus, pela sua participação no ataque ao Capitólio que resultou em cinco mortos, entre polícias e manifestantes.
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