A intervenção pretende "dar resposta à correção de situações problemáticas de erosão costeira há muito identificadas, no sentido da eliminação, redução ou controlo do risco e salvaguarda de pessoas e bens", explicou hoje à agência Lusa o presidente da comissão liquidatária da Sociedade Polis Litoral Sudoeste, André Matoso.
Segundo o mesmo responsável, a empreitada, que deverá estar concluída "até ao final" deste ano, prevê, entre outros trabalhos, o saneamento da arriba de blocos potencialmente instáveis, a aplicação de uma rede pregada e o enchimentos e reperfilamento de reentrâncias da arriba com betão ciclópico.
O acesso à zona norte da praia, que fica na base das arribas intervencionadas, tem estado condicionado durante a empreitada.
A obra foi adjudicada pelo montante de 653 mil euros e é cofinanciada pelo Fundo de Coesão, do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR), tendo estado suspensa durante a época balnear oficial, entre 15 de junho a 15 de setembro, a pedido da Câmara Municipal de Odemira, no distrito de Beja.
Segundo André Matoso, o projeto já vinha a ser preparado há mais de dois anos, com a contratação, em abril de 2015, por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), através da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Alentejo, de um projeto de estabilização das arribas, incluindo um levantamento prévio a laser da face da falésia.
No mês de dezembro do mesmo ano, o projeto foi aprovado, tendo sido a Sociedade Polis Litoral Sudoeste encarregue de lançar a empreitada de estabilização das arribas, que têm entre 18 e 33 metros de altura.
Além desta obra, a Sociedade Polis Litoral Sudoeste, atualmente em liquidação, prevê ainda, até dezembro de 2018, concluir intervenções no litoral dos concelhos de Vila do Bispo e Aljezur, no Algarve, e Odemira e Sines, no Alentejo.
A Sociedade Polis Litoral Sudoeste é formada pelo Estado (51%) e pelos municípios de Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo.
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