“O fluxo de IDE para África aumentou para uns estimados 49 mil milhões de dólares (44,1 mil milhões de euros), um aumento de 3%”, lê-se no relatório sobre os fluxos de investimentos a nível mundial, no qual se explica que “a incerteza global económica persistente e o baixo ritmo das reformas sobre a produtividade estrutural e os gargalos institucionais em muitas economias continuam a dificultar o investimento no continente”.
Neste continente, o Egito continuou a ser o maior recetor de investimentos, com um aumento de 5%, para 8,5 mil milhões de dólares (76,5 mil milhões de euros), principalmente no petróleo e gás, mas também nas telecomunicações, imobiliário e turismo, dos quais 60% vieram da China, segundo a ONU, que explica também que na África Austral, o aumento de 37%, para 5,5 mil milhões de dólares (49,5 mil milhões de euros) é justificado com o “abrandamento do desinvestimento líquido em Angola”.
A nível global, o IDE manteve-se praticamente inalterado, em 1,39 biliões de dólares (1,25 biliões de euros), o que representa um declínio de 1% face aos 1,41 biliões de 2018, “num contexto de desempenho mais baixo da economia e incerteza política para os investidores, nomeadamente decorrente das tensões comerciais”.
No relatório, a UNCTAD diz que a tendência subjacente de IDE, retirada a volatilidade causada por transações únicas e fluxos financeiros, aumentou 5%, em linha com as projeções no relatório do ano passado, mas alerta que “esta mudança marginal representa uma continuação da estagnação observada durante a década”.
O IDE para os países desenvolvidos continuam em níveis historicamente baixos, diminuindo mais 6% para 643 mil milhões de dólares (578,8 mil milhões de euros), e para a União Europeia, a queda no investimento foi de 15%, para 305 mil milhões de dólares (274,5 mil milhões de euros), enquanto para os Estados Unidos os investidores canalizaram 251 mil milhões de dólares (225,9 mil milhões de euros).
“Para 2020, a UNCTAD espera que os fluxos de IDE aumentem marginalmente à custa de um crescimento modesto da economia”, conclui-se no relatório.
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