Fouad Shukr, chefe militar do Hezbollah, foi morto na terça-feira à noite num ataque aéreo israelita a um edifício nos subúrbios do sul de Beirute, que causou seis mortos, incluindo cinco civis.

Num discurso proferido na quinta-feira, o líder do partido, Hassan Nasrallah, prometeu responder a esta “agressão” contra o reduto do Hezbollah na capital libanesa, fazendo temer uma nova escalada.

“Esperamos que o Hezbollah escolha mais alvos e [ataque] as profundezas [de Israel]”, disse hoje o representante do Irão nas Nações Unidas, citado pela agência oficial Irna.

O Hezbollah, aliado do Hamas palestiniano e apoiado pelo Irão, tem trocado tiros com o exército israelita ao longo da fronteira entre Israel e o Líbano, quase diariamente, desde o início da guerra na Faixa de Gaza, a 07 de outubro, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamita Hamas contra Israel.

“O Hezbollah e o regime [israelita] tinham observado certas linhas que o ataque [de terça-feira à noite] ultrapassou”, disse o representante iraniano.

A partir de agora, o movimento libanês “não limitará a sua resposta aos alvos militares”, acrescentou.

O Irão e o Hamas acusaram também Israel de ter assassinado o líder do movimento islamita palestiniano, Ismail Haniyeh, em Teerão, na quarta-feira, e prometeram retaliar. Israel nunca confirmou ou desmentiu qualquer envolvimento.