Arvin Ghahremani foi executado numa prisão na cidade de Kermanshah, oeste do Irão, após ser declarado culpado de homicídio durante uma luta de rua, informou o Grupo Iraniano de Direitos Humanos (IHR), que tem sede na Noruega.

"A República Islâmica executou Arvin Ghahremani, um cidadão judeu iraniano", disse o diretor do IHR, Mahmood Amiry-Moghaddam, explicando que o processo judicial continha "grandes falhas".

"Arvin era judeu e o antissemitismo institucionalizado na República Islâmica desempenhou, sem dúvida, um papel crucial na execução da sentença", segundo a organização.

Ghahremani foi acusado de matar um homem num desacato de rua há dois anos. A família afirma que o condenado se defendia de um ataque com faca.

A família do acusado também pediu à família da vítima que aceitasse uma indemnização financeira prevista na lei iraniana, as chamadas 'qisas'. Mas segundo o site da justiça iraniana, Mizan, que confirmou a execução, o acordo foi recusado.

A comunidade judaica no Irão, um país dominado pelo islamismo xiita, é estimada em cerca de 20 mil pessoas.