Até maio do ano passado, tinham sido registadas 314 execuções, refere a organização não governamental IHRNGO, com sede na Noruega.
Esta diminuição deveu-se às eleições parlamentares de fevereiro e às eleições presidenciais antecipadas para 28 de junho, em resultado da morte de Ebrahim Raisi.
Nas últimas duas décadas, as taxas de execução costumavam diminuir durante este tipo de eventos, de acordo com as tendências de execução registadas pela IHRNGO.
No entanto, registou-se um aumento de 117% no número de cidadãos afegãos executados em comparação com o ano anterior.
Das 237 execuções registadas nos primeiros cinco meses deste ano, 138 foram por crimes relacionados com droga, 83 por acusações de homicídio, 14 por acusações de ‘moharebeh’ (ou inimizade contra Deus) e duas por violação.
Entre os executados contam-se os presos políticos curdo-sunitas Davoud Abdollahi, Farhad Salimi, Anwar Khezri e Khosro Besharat, condenados à morte com base em “confissões obtidas sob tortura e sem o devido processo legal”, refere um comunicado da ONG.
Em maio, foram contabilizadas pelo menos 64 execuções, das quais, 35 por delitos relacionados com droga, 26 por homicídio, duas por ‘moharebeh’ e uma por violação.
Do total de pessoas executadas até maio, 10 eram mulheres, o que representa um aumento de 67% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram executadas seis mulheres.
Fundada em 2005 e registada na Noruega desde 2009, a IHRNGO adianta ser composta por pessoas de dentro e fora do Irão e tem membros nos Estados Unidos, Canadá, Japão e vários países europeus.
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