“Quer queiram quer não, vamos reforçar as nossas capacidades militares, necessárias em termos de dissuasão. Vamos desenvolver os nossos mísseis e também as nossas forças aérea, terrestre e marítima. Para defender a nossa pátria não vamos pedir autorização a ninguém”, disse Hassan Rohani, num discurso transmitido em direto pela televisão.
O Irão desenvolveu um vasto programa balístico nos últimos anos, que tem levado os Estados Unidos, mas também a Arábia Saudita, o principal rival na região, e alguns países europeus como a França, ou ainda Israel, a manifestarem a sua preocupação.
Teerão afirmou sempre que o programa balístico é apenas defensivo. “O nosso poder militar (…) não foi realizado para agredir outros países”, reiterou Rohani.
Durante a Assembleia-Geral da ONU em Nova Iorque, esta semana, o Presidente norte-americano, Donald Trump, denunciou o acordo nuclear concluído em 2015 com o Irão, assim como o programa balístico.
Num tom mais moderado, o Presidente francês, Emmanuel Macron, em uníssono com outros países europeus, defendeu a aplicação do acordo nuclear entre o Irão e as grandes potências, mas afirmou que o pacto não é suficiente e é preciso obrigar Teerão a reduzir o programa balístico e a limitar as atividades na região.
Hassan Rohani rejeitou qualquer alteração da posição política do Irão na região.
“Quer queiram quer não, vamos defender os povos oprimidos do Iémen, da Palestina e da Síria”, disse.
O Irão apoia o regime sírio, assim como os grupos extremistas palestinianos e os rebeldes ‘huthis’ no Iémen.
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