A candidatura Isaltino - Inovar Oeiras de Volta informou, em comunicado, que a reclamação da decisão do juiz, conhecida na passada terça-feira, foi entregue esta tarde, por via eletrónica.
"É o passo natural para uma decisão que consideramos injusta, grave e claramente ilegal. Reafirmamos que a nossa candidatura respeitou escrupulosamente a lei, respeitou a lei ao seu mais ínfimo pormenor", refere.
Na mesma nota, o movimento mostra-se certo de que os 31 mil assinantes da candidatura aos órgãos autárquicos de Oeiras poderão ver "as suas expectativas atendidas".
"Aguardamos com serenidade a decisão do tribunal e a reposição da normalidade do processo eleitoral autárquico em Oeiras", conclui.
As candidaturas dos movimentos independentes Isaltino - Inovar Oeiras de Volta e Renascer Oeiras 2017, de Sónia Gonçalves, foram rejeitadas pelo juiz Nuno Cardoso que detetou, segundo o despacho, "irregularidades" na identificação dos candidatos das listas.
No mesmo dia, terça-feira, Isaltino Morais garantiu que cumpriu a lei e levantou suspeitas sobre o juiz, questionando a sua imparcialidade, uma vez que, disse, tem como seu padrinho de casamento o atual presidente da Câmara de Oeiras e também candidato nas próximas eleições, Paulo Vistas.
Um dia depois, o candidato revelou que a mulher do juiz trabalha, desde maio, no laboratório dos Serviços Intermunicipalizados de Oeiras e Amadora.
Hoje, a candidatura de Isaltino Morais enviou também um comunicado com a folha de turnos ao processo eleitoral de 2017 do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, onde consta que o juiz Nuno Cardoso se disponibilizou para substituir os turnos dos colegas pelo período de 01 a 08 de agosto de 2017.
O presidente da Câmara de Oeiras, Paulo Vistas, confirmou, na quarta-feira, que foi "um dos padrinhos" de casamento do magistrado, mas assegurou que só tomou conhecimento da intervenção do juiz na análise das candidaturas quando foi notificado do despacho na terça-feira e disse que Isaltino Morais também conhece pessoalmente o magistrado "do mesmo sítio", porque antes de enveredar pela magistratura "militou no PSD".
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