As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram que o ataque teve como alvo dois edifícios no interior do complexo onde operava uma unidade do Hezbollah encarregada do tráfico de armas de e para o Líbano.

Israel também confirmou ter atacado o que chamou de “alvos terroristas” nos arredores da cidade de Aitaroun, no sul do país.

“Os ataques ocorreram em resposta à destruição de um drone do exército israelita que operava nos céus do Líbano” na segunda-feira, disse um comunicado militar.

O ataque causou a morte de cinco pessoas, incluindo três sírios que trabalhavam com o Hezbollah, disse a organização não governamental (ONG) Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

O diretor da ONG, Rami Abdel Rahmane, disse à agência de notícias France-Presse que o ataque atingiu uma caravana camiões-cisterna que transportavam combustível da Síria para o Líbano.

A organização, sediada no Reino Unido mas que conta com uma vasta rede de fontes na Síria, acrescentou que outras cinco pessoas ficaram feridas e que duas pessoas continuam desaparecidas.

O Hezbollah anunciou na segunda-feira ter abatido um drone israelita Hermes “equipado com mísseis que se preparava para efetuar ataques” sobre o Líbano, o quinto desde fevereiro.

A resposta do movimento islamita libanês surgiu a meio da tarde, num ataque com dois drones que caíram a norte das Colinas de Golã, provocando um incêndio nas proximidades da comunidade de Sha’al.

A fronteira entre Israel e o Líbano tem sido palco de uma escalada de violência, que já causou 482 mortos, desde o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em solo israelita em 08 de outubro, algo que suscitou receios de uma guerra aberta.

“Estamos preparados para uma ação muito forte no norte”, ameaçou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na semana passada, durante uma visita às tropas destacadas para a fronteira com o Líbano.