O ato, assinado por recomendação do chefe do Estado-Maior do Exército israelita, Herzi Halevi, e do serviço de segurança nacional, Shin Bet, acrescenta a instituição à lista de organizações terroristas designadas por Israel.
Gallant argumentou, em comunicado, que esta medida faz parte do “esforço económico” adotado para reduzir a área de ação do Hezbollah fora do campo de batalha, uma vez que, através desta entidade, paga aos seus combatentes ou mantém fundos para a compra de equipamento militar.
Esta medida surge depois de na noite de domingo o Exército israelita ter atacado mais de uma dezena de sucursais do grupo Al-Qard al-Hassan em diferentes pontos do Líbano, incluindo nos subúrbios sul de Beirute e muito perto do aeroporto.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou hoje os “danos consideráveis” causados em instalações civis pelos bombardeamentos israelitas contra a organização financeira ligada ao movimento xiita apoiado pelo Irão.
O Exército israelita informou hoje que atingiu quase 30 alvos ligados à organização Al-Qard al-Hassan.
Os ataques desencadearam “pânico indescritível e uma nova onda de deslocações entre os habitantes destas zonas”, lamentou o Alto Comissariado.
“O direito internacional humanitário deve ser sempre respeitado. Os civis e as infraestruturas civis não são um alvo”, afirmou ainda a entidade, apelando para um cessar-fogo.
Sujeito a sanções norte-americanas, o grupo Al-Qard al-Hassan funciona como instituição financeira que concede microcréditos no Líbano, onde o sistema bancário entrou em colapso.
A organização faz parte da rede de associações, escolas e hospitais que fortaleceram a popularidade do Hezbollah nos seus bastiões nos subúrbios do sul de Beirute, e no sul e no leste do Líbano.
Pelo menos 2.483 pessoas foram mortas no Líbano e mais de 11.600 ficaram feridas em ataques israelitas desde 08 de outubro de 2023, quando eclodiram confrontos com o grupo xiita Hezbollah no âmbito da guerra na Faixa de Gaza.
No entanto, a maioria das mortes foi regista desde que Israel iniciou uma campanha de bombardeamentos em grande escala no Líbano em 23 de setembro, que por sua vez obrigaram mais de 1,2 milhões de pessoas a fugir das suas casas.
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