
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou, neste domingo, que a libertação de prisioneiros palestinos durante a trégua em Gaza será adiada até que o Hamas acabe com as "cerimónias humilhantes" realizadas na entrega de reféns.
No comunicado, Netanyahu denunciou "as repetidas violações por parte do Hamas, incluindo as cerimónias humilhantes que desonram nossos reféns e o uso cínico dos reféns para fins de propaganda".
Antes disso, o primeiro-ministro de Israel tinha já afirmado que “foi decidido adiar a libertação de terroristas planeada para ontem [sábado] até que a próxima libertação de reféns seja garantida sem as cerimónias humilhantes", em referência às libertações protagonizadas e transmitidas ao vivo pelo Hamas.
Nestas cerimónias coreografadas, os reféns recebem certificados em hebraico para marcar o fim de seu cativeiro antes de serem entregues a responsáveis da Cruz Vermelha, que os transferem para as forças israelitas.
Na quinta-feira, o grupo islamista entregou os restos mortais de três reféns em caixões durante uma cerimónia, o que foi criticado pela ONU.
"Desfilar os corpos da maneira que vimos esta manhã é abominável e cruel, e contradiz o direito internacional", afirmou o chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk.
O Hamas libertou este sábado mais seis reféns como parte da sétima troca programada por prisioneiros palestinianos.
Em troca, Israel deveria libertar mais de 600 palestinianos, mas essa etapa não foi realizada, e Netanyahu anunciou agora que a manteria suspensa para exigir o fim das cerimónias.
A trégua entrou em vigor em 19 de janeiro e, desde então, o Hamas já entregou 25 reféns israelitas em cerimónias nas quais membros do grupo com a cara tapada por máscaras levam os reféns a um palco e os forçam a saudar os habitantes de Gaza que se reúnem para assistir ao evento.
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