“Não há uma solução alternativa para a situação entre Israelitas e Palestinianos, a não ser a solução de estabelecer dois estados, e devemos fazer tudo o que pudermos para manter isso”, explicou Guterres no final de um encontro com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi.
Na terça-feira, em antecipação de um encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a Casa Branca disse que Estados Unidos não vão forçar uma solução de dois estados como forma de alcançar a paz na região.
“Uma solução de dois estados que não traz paz não é um objetivo que alguém queira atingir. A paz é o objetivo, venha sob a forma de uma solução de dois estados ou outra coisa, se for isso que os nossos parceiros querem”, disse o representante do governo dos EUA.
“Não vamos ditar quais serão os termos da paz”, acrescentou, marcando a cisão com aquilo que tem sido a política oficial americana, em administrações republicanas e democratas, dos últimos 50 anos.
Já em dezembro, durante o primeiro encontro de Guterres enquanto futuro secretário-geral com os representantes da Assembleia Geral, o português dissera ter a esperança de ver “os dois Estados lado a lado, reconhecendo-se, e pondo fim a uma das situações mais dramáticas a que o mundo já assistiu.”
“Nada me faria mais feliz do que ver a Palestina um Estado independente e de pleno direito como membro da ONU”, declarou o português.
O secretário-geral repete assim a posição oficial da ONU, que tem lutado pela opção de dois Estados independentes na região, uma escolha que Ban Ki-moon considerou no ano passado estar “tragicamente mais longe do que nunca.”
A Palestina não é membro das Nações Unidas, tem o estatuto de não-membro observador, mas desde 2013 que o seu líder, Mahmoud Abbas, tem direito a discursar no encontro anual da Assembleia-Geral.
Dos 193 Estados-membros da ONU, 136 (cerca de 71 por cento) reconhecem a Palestina como Estado.
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