“A terrível viagem dos migrantes que estiveram vários dias em dois navios terminou no meio da noite com o desembarque”, disse Roberto Ammatuma, prefeito de Pozzallo, no sul da Sicília, citado pela agência AGI.
A decisão do governo italiano segue o compromisso de cinco países da União Europeia – França, Espanha, Portugal, Malta e Alemanha – para cada um deles acolher 50 migrantes.
“Hoje, pela primeira vez, podemos dizer que os migrantes desembarcaram na Europa”, comentou com satisfação a presidência do Conselho de Ministros.
A Itália reclama há anos da falta de solidariedade de outros países da UE na gestão do problema migratório, considerando que o país foi abandonado em face da chegada de centenas de milhares de migrantes nas suas costas.
“Os migrantes receberão toda a assistência necessária enquanto esperam para serem distribuídos por outros países europeus”, que concordaram recebê-los, acrescenta a Presidência do Conselho de Ministros.
Um barco de madeira com 450 imigrantes a bordo da Líbia foi avistado sexta-feira ao amanhecer em águas internacionais na zona de intervenção maltesa.
Numa troca de mensagens, e-mails e telefonemas entre as autoridades de ambos os países, Roma tentou na sexta-feira atribuir a Malta a responsabilidade por estes migrantes.
Malta contrapôs afirmando que o barco estava muito mais próximo da ilha italiana de Lampedusa do que do seu próprio território, sublinhando que os migrantes não queriam ajuda de Malta, mas sim continuar a caminho da Itália.
Desde a manhã de sábado, os dois navios militares em que os migrantes foram transbordados, depois de resgatados, permaneceram perto da costa siciliana, esperando por uma solução final.
Os doentes, as mulheres e as crianças tinham sido autorizados a desembarcar em vários grupos no sábado e no domingo, antes da luz verde para o desembarque dos homens, no final da tarde de domingo.
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