O presidente da Itália, Sergio Mattarella, anunciou hoje a dissolução do Parlamento italiano, o que abre caminho à convocação de novas eleições legislativas no país.
A decisão foi comunicada após reuniões entre Mattarella e o primeiro-ministro, Paolo Gentiloni, e os presidentes da Câmara dos Deputados, Laura Boldrini, e do Senado, Pietro Grasso.
Por volta do meio-dia, o chefe do governo de centro-esquerda, Paolo Gentiloni, foi para o Palácio do Quirinal, sede do Executivo, para anunciar que com a adoção do orçamento de 2018, o trabalho do Parlamento, eleito em fevereiro de 2013, estava concluído.
Segundo um ritual estabelecido, Mattarella recebeu de seguida o presidente do Senado, Pietro Grasso, e a presidente da Câmara de Deputados, Laura Baldrini, para comunicar-lhes a intenção de dissolver as duas câmaras.
Em seguida, Gentiloni regressou ao Quirinal para referendar o decreto de dissolução, antes de voltar ao Palácio Chigi, sede da chefia de governo, para presidir ao Conselho de Ministros.
Paolo Gentiloni, terceiro chefe de governo desta legislatura, depois de Enrico Letta e Matteo Renzi, deve permanecer no cargo até a posse do novo Parlamento. O mandato poderia, inclusive, ser prolongado enquanto as incertezas permanecerem no período pós-eleitoral.
O modelo de votação em Itália atribui grande parte à proporcionalidade e a dispersão anunciada de votos entre três pólos - a direita, a centro esquerda e os populistas do Movimento 5 Estrelas - é pouco propenso à formação de uma coligação, o que pode deixar o próximo Parlamento sem uma clara maioria.
Em sete décadas de democracia, a Itália já teve 64 governos. Desde 2013, a Itália teve três primeiros-ministros: Enrico Letta, Matteo Renzi e Paolo Gentiloni, todos do Partido Democrata (PD).
O Presidente da República italiana nasceu em Palermo a 23 de julho de 1941, diplomou-se em Direito na Universidade de Roma “La Sapienza” em 1964 e foi jurista desde 1967, tendo desenvolvido a sua atividade profissional como professor da Universidade de Palermo.
Desde 1983 tem ocupado relevantes funções políticas, a nível parlamentar e de governo, destacando-se os cargos de Ministro das Relações Parlamentares, Ministro da Educação, Vice-Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa.
Foi eleito vice-presidente do Conselho Superior da Justiça Administrativa, tendo sido nomeado juiz do Tribunal Constitucional em 2011 e, quatro anos mais tarde, a 31 de janeiro de 2015, o Parlamento elegeu-o como o 12.º Presidente da República Italiana.
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