Trata-se de um número de contágios diários que nunca tinha sido verificado em Itália desde o início da crise da doença covid-19 no país, em 21 de fevereiro.
Até à data, o valor máximo de novas infeções tinha sido verificado no sábado passado, com a contabilização de 10.925 casos.
De acordo com o Ministério da Saúde italiano, este novo valor máximo de infeções também se verifica num dia em que foi batido um recorde de testes de diagnósticos realizados, quase 178.000 nas últimas 24 horas.
Em termos totais, e desde o início da crise da doença covid-19 no país, Itália contabiliza 449.648 casos de pessoas que ficaram infetadas pelo novo coronavírus, segundo os dados fornecidos pelas autoridades italianas.
Com a contabilização de 127 novas vítimas mortais associadas à covid-19 nas últimas 24 horas, o número total de mortes registadas no país desde fevereiro sobe para 36.832.
Em termos dos casos positivos que estão atualmente ativos em Itália, as autoridades apontam para 155.442, enquanto o número de pessoas recuperadas da doença covid-19 situa-se nos 257.374.
Segundo os dados relativos às últimas 24 horas, a região do país mais afetada é a Lombardia (norte), com 4.125 novos positivos, mais do dobro em comparação com o dia anterior.
A Campânia (sul), com 1.760 novos casos nas últimas 24 horas, é outras das zonas em destaque.
Estas duas regiões vão aplicar um recolher obrigatório noturno a partir de quinta e sexta-feira, respetivamente.
O consultor do Ministério da Saúde italiano, Walter Ricciardi, admitiu hoje, entretanto, que a pandemia já está “fora de controlo” em algumas zonas metropolitanas do país, como é o caso de Milão (norte), Nápoles (sul) e da capital Roma, e como tal, frisou o especialista, vão ser necessárias medidas mais contundentes.
“Algumas áreas, como Milão, Nápoles e provavelmente Roma, já estão fora de controlo do ponto de vista do controlo da pandemia, têm números demasiado altos para serem travados com o método tradicional de testes e rastreamento”, disse o consultor durante uma conferência realizada numa universidade italiana.
Walter Ricciardi, que integra a delegação italiana junto da Organização Mundial da Saúde (OMS), assinalou que, e como demonstra a história, “quando não se consegue conter um vírus, este deve ser mitigado”.
Por isso, na opinião do especialista, é necessário “bloquear a mobilidade” das pessoas para reduzir as ocasiões de contágio.
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