“O partido de Matteo Salvini está ansioso para começar a trabalhar com os ‘dossiers’ do Governo”, indicaram os mesmos responsáveis, citados pela agência noticiosa ANSA.

“O líder [Salvini] explicou que se a Liga for convocada para abordar questões fundamentais como a economia, segurança, obras públicas e autonomia, terá capacidade para o fazer, e sabemos fazê-lo”, indicaram, frisando: “Será uma honra [para Salvini]”.

As mesmas fontes indicaram que o Conselho não emitiu “qualquer veto, pré-requisitos ou insistências”.

Referiram ainda “existir a máxima vontade para discutir e assumir todas as responsabilidades exigidas num momento muito difícil para o país”.

Giorgia Meloni, vencedora das recentes eleições legislativas em Itália e a provável nova primeira-ministra, manteve hoje uma ronda de conversações com os seus aliados da Liga e com o Força Itália (FI), o partido de centro-direita liderado por Silvio Berlusconi, para discutir a formação do futuro executivo italiano.

“Estamos a trabalhar, estou otimista”, indicou em declarações à ANSA a líder do partido da direita nacionalista, que garantiu a vitória da coligação nas legislativas de setembro, quando se dirigia para o parlamento na véspera da eleição de um novo presidente do hemiciclo.

“Parece-me que as coisas estão a correr bem. Estaremos prontos”, declarou.

A nova sessão parlamentar inicia-se na quinta-feira com sessões destinadas à eleição dos presidentes da câmara baixa do parlamento e do Senado (câmara alta), que deverão ser respetivamente ocupados por um membro do FdI e da Liga, segundo fontes citadas pela agência noticiosa italiana.

A líder dos Irmãos de Itália, que deverá tornar-se na primeira mulher a chefiar um Governo em Itália, tem repetido que o novo executivo será integrado por figuras muito competentes, admitindo-se que alguns provenham da área dos tecnocratas.

A crise energética, o aumento do custo de vida, o combate à inflação e a perspetiva de uma recessão deverão estar no centro das prioridades de Meloni, a par da aplicação das reformas com base no plano de recuperação pós-covid-19 e no contínuo apoio da Itália à Ucrânia.