A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o maior evento da Igreja Católica, realiza-se pela primeira vez em Portugal, de 01 a 06 de agosto, em Lisboa, onde são esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas, nesta 15.ª edição.

O anúncio da escolha de Lisboa foi feito em 27 de janeiro de 2019, na missa de encerramento da JMJ na Cidade do Panamá, pelo prefeito do Dicastério para os Leigos, Família e Vida, Kevin Joseph Farrell. Aquele dicastério é o organismo do Vaticano que organiza a JMJ com um comité local.

À missa assistiram, entre outros, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o então secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, em representação do Governo, o à data presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e o cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.

Na mesma ocasião, o Papa Francisco, que presidia à JMJ, escreveu na sua conta no Twitter: “A vocês, queridos jovens, um muito obrigado por #Panama2019. Continuem a caminhar, continuem a viver a fé e a compartilhá-la. Até Lisboa em 2022”.

A JMJ em Lisboa acabou por ser adiada um ano, devido à pandemia de covid-19.

Segundo o sítio na Internet da JMJ Lisboa (lisboa2023.org), este é “um encontro dos jovens de todo o mundo com o Papa” e, “simultaneamente, uma peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da Igreja universal e um momento forte de evangelização do mundo juvenil”.

“Acontece todos os anos a nível diocesano, até agora por altura do Domingo de Ramos e a partir de 2021 no Domingo de Cristo Rei. A cada dois, três ou quatro anos ocorre como um encontro internacional, numa cidade escolhida pelo Papa, sempre com a sua presença”.

Esta iniciativa foi criada pelo Papa João Paulo II (1920-2005) em 1985 (Ano Internacional da Juventude) e a primeira JMJ ocorreu no ano seguinte em Roma, Itália, numa celebração diocesana.

Já o primeiro encontro internacional realizou-se em Buenos Aires, Argentina, em 1987.

Na capital argentina, João Paulo II pediu aos jovens para comprometerem a sua energia juvenil “na construção da civilização do amor”, de acordo com o ‘site’.

Em 1989, Espanha acolheu pela primeira vez a JMJ, em Santiago de Compostela, onde os peregrinos rezaram pela paz. Nesse ano, o Muro de Berlim foi derrubado e, dois anos depois, uma Polónia livre (terra natal de João Paulo II) recebeu o encontro em Czestochowa.

Seguiu-se Denver, nos Estados Unidos da América, em 1993, que, pela primeira vez, incluiu a via-sacra pelas ruas da cidade, mas foi a capital das Filipinas, dois anos mais tarde, que registou a maior afluência de sempre numa JMJ.

Quatro milhões de pessoas estiveram na missa de encerramento em Manila e o momento foi inscrito no Livro Guinness dos Recordes.

Em 1997, a JMJ regressou à Europa, a Paris, onde “mais de meio milhão de jovens encheram as ruas da capital francesa de alegria e fraternidade”, numa edição que ficou marcada pela “introdução dos Dias nas Dioceses (encontro que antecede a semana da JMJ) e do Festival da Juventude (programa cultural e artístico)”.

Ainda no continente europeu, 2000 foi o ano da JMJ em Roma, para de seguida ser em Toronto, Canadá (2002), a última a que João Paulo II presidiu.

O Papa anunciou então que a JMJ seguinte, em 2005, seria em Colónia, na Alemanha, mas foi o seu sucessor, o alemão Bento XVI (1927-2022), a presidir às celebrações.

Sydney, na Austrália, em 2008, é considerado o primeiro encontro da JMJ totalmente moderno, com a presença do evento nas redes sociais.

Em 2011, a JMJ retornou a Espanha e, desta vez, à capital, Madrid, para, dois anos depois, já no pontificado de Francisco, o encontro mundial de jovens católicos ter tido como palco, pela primeira vez, um país de língua portuguesa: Brasil.

O Papa Francisco presidiu ainda à JMJ de Cracóvia, na Polónia, em 2016, e, três anos depois, na Cidade do Panamá, que contou com a presença da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima.

Lista de cidades que acolheram a celebração internacional da JMJ:

1987 - Buenos Aires (Argentina)

1989 - Santiago de Compostela (Espanha)

1991 - Czestochowa (Polónia)

1993 - Denver (EUA)

1995 - Manila (Filipinas)

1997 - Paris (França)

2000 - Roma (Itália)

2002 - Toronto (Canadá)

2005 - Colónia (Alemanha)

2008 - Sydney (Austrália)

2011 - Madrid (Espanha)

2013 - Rio de Janeiro (Brasil)

2016 - Cracóvia (Polónia)

2019 – Cidade do Panamá (Panamá)

A um mês da abertura do encontro mundial de jovens com o Papa, Lisboa e o país ultimam os preparativos para receberem uma multidão estimada em mais de um milhão de pessoas de todo o mundo.

Entre 01 e 06 de agosto, este acontecimento mundial envolve milhares de voluntários, cuja “máquina” está instalada na antiga Manutenção Militar, no Beato, em Lisboa.

É também ali que o bispo auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar – presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, coordena os diferentes setores que, desde o protocolo à logística, estão empenhados em que o maior evento alguma vez realizado em Portugal registe o mínimo de falhas possível.

O que é a Jornada Mundial da Juventude

A JMJ é um encontro dos jovens de todo o mundo com o Papa. Segundo a organização, é, em simultâneo, “uma peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da Igreja universal e um momento forte de evangelização do mundo juvenil”.

Acontece todos os anos a nível diocesano, até 2020 por altura do Domingo de Ramos e, a partir de 2021 no Domingo de Cristo Rei. A cada dois, três ou quatro anos ocorre como um encontro internacional, numa cidade escolhida pelo Papa, sempre com a sua presença.

“Reúne milhares de jovens para celebrar a fé e a pertença à Igreja”, acrescenta a organização da JMJ, referindo que, “desde a primeira edição, que se realizou na cidade de Roma em 1986, a Jornada Mundial da Juventude se tem evidenciado como um laboratório de fé, um lugar de nascimento de vocações ao matrimónio e à vida Consagrada e um instrumento de evangelização e transformação da Igreja”.

Quando e onde se realiza a JMJ Lisboa2023

A JMJ Lisboa 2023 realiza-se entre 01 e 06 de agosto, com as principais iniciativas a decorrerem em Lisboa, no Parque Eduardo VII, na zona de Belém e no Parque Tejo (a norte do Parque das Nações e em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures).

Além das principais cerimónias com o Papa Francisco – Acolhimento (03 de agosto), Via-Sacra (04), Vigila (05), Missa final (06) e encontro com voluntários (06) -, estão previstos dezenas de eventos como concertos, conferências, feira vocacional, reflexões, em múltiplos espaços da capital.

Na zona de Belém, estará instalado o Parque do Perdão, onde os jovens poderão confessar-se em confessionários construídos por reclusos de diversos estabelecimentos prisionais do país.

Os símbolos das JMJ

A JMJ tem como símbolos a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani.

Com 3,8 metros de altura, a cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou a quase 90 países.

O ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços, tem 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, e está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália.

“É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica”, informa o gabinete de comunicação da JMJLisboa2023.

Quando foram criadas as jornadas da juventude

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

O lema da JMJ Lisboa 2023

“Maria levantou-se e partiu apressadamente” é a citação bíblica escolhida pelo Papa Francisco como lema da JMJ de Lisboa.

A frase bíblica (uma citação do Evangelho de São Lucas) dá início ao relato da Visitação (a visita de Maria a sua prima Isabel), um episódio bíblico que se segue à Anunciação (o anúncio do anjo a Maria de que iria ser a mãe do Filho de Deus e que foi o tema da última JMJ, na cidade do Panamá).

Os patronos da JMJ Lisboa 2023

Para a JMJ Lisboa 2023, o Comité Organizador Local escolheu 13 patronos, mulheres, homens e jovens que “demonstraram que a vida de Cristo preenche e salva a juventude de sempre”, nascidos na cidade que acolhe a Jornada ou que, naturais de outras geografias, são modelos para a juventude.

São João Paulo II, São João Bosco, São Vicente, Santo António de Lisboa, São Bartolomeu dos Mártires, São João de Brito e os beatos Joana de Portugal, João Fernandes, Maria Clara do Menino Jesus, Pedro Jorge Frassati, Marcel Calo, Chiara Badano e Carlo Acutis são os patronos da Jornada Mundial da Juventude a realizar em Lisboa.

Peregrinos já inscritos

Até ao momento, 313 mil peregrinos, de 151 países diferentes, finalizaram já o seu processo de inscrição. Segundo a organização, no total, foram 663 mil peregrinos que iniciaram o processo, tendo 480 mil prosseguido para a segunda fase da inscrição.

A organização nunca apontou um número concreto de peregrinos desejado nesta JMJ, tendo em conta as incertezas provocadas pelo pós-pandemia de covid-19 e pela guerra na Ucrânia, mas é assumido que mais de um milhão de jovens estarão em Lisboa para o encontro mundial com o Papa Francisco.

Muitos jovens que estarão em Portugal para a JMJ poderão, também, não fazer qualquer inscrição, pois a participação é livre e aberta a todos.

Países com mais peregrinos com inscrição concluída

Dos 313 mil peregrinos com a inscrição já paga, a Espanha lidera o ‘ranking’ de países, com 58.531, seguida da Itália, com 53.803, França (41.055), Portugal (32.771) e Estados Unidos da América (14.435).

Quanto aos países africanos de língua oficial portuguesa, São Tomé e Príncipe é o que regista o maior número de peregrinos inscritos para a JMJ, com 503 pessoas com a inscrição finalizada.

Segue-se Cabo Verde (187), Moçambique (136) e Angola (128).

Voluntários inscritos

Perto de 33 mil voluntários iniciaram o seu processo de inscrição e 22.282 já o concluíram, segundo a organização, que adianta serem 143 os países representados nesta bolsa.

A média de idade dos voluntários é de aproximadamente 30 anos. Entre os inscritos, há cerca de 500 da área da saúde, como médicos, enfermeiros e estudantes do final da licenciatura, que assegurarão a prestação de primeiros socorros a todos os peregrinos ao longo da semana do encontro.

Os voluntários têm a tarefa de orientar e ajudar os peregrinos em áreas tão distintas como a assistência a pessoas com deficiência, assistência médica, fotografia, sala de Imprensa, comunicação (Internet e redes sociais), serviço ao palco (eventos), informática, liturgia, logística, acolhimento e ‘check-in’ (a cargo do Corpo Nacional de Escutas), alojamentos, distribuição de materiais, pontos de informação, distribuição de refeições, transportes, limpeza e proteção do meio ambiente, secretaria ou traduções.

Apesar de serem voluntários para trabalhar na JMJ, estes participantes também pagam inscrição, com valores entre os 30 e os 145 euros, que, conforme o pacote, lhes dará direito a alojamento, alimentação, transporte, seguro e kit do voluntário.

Os bispos esperados na JMJ

A organização da JMJ Lisboa 2023 conta já com 737 bispos inscritos, 29 dos quais cardeais, sendo a Itália o país com maior número de prelados indicado (113). Seguem-se a Espanha (77), França (75), Estados Unidos da América (76) e Portugal (45).

A maioria ficará instalada em hotéis ou casas de congregações na cidade de Lisboa.

Os paramentos para as cerimónias

Estão a ser produzidos 10 mil paramentos para os padres, bispos e cardeais que participarão nas cerimónias religiosas da JMJ Lisboa 2023.

O fabrico é feito através de uma parceria Portugal/Itália, mas uma fábrica de burel, na Serra da Estrela, foi escolhida para elaborar uma faixa que a incluir no paramento principal a usar, em Lisboa, pelo Papa Francisco.

Segundo a organização, "é a primeira vez que o burel é utilizado numa veste papal, representando o símbolo da participação do interior do país – e da cultura tradicional portuguesa – nestas celebrações".

O coro das cerimónias da JMJ

O Coro e a Orquestra da Jornada Mundial da Juventude são constituídos por cerca de 300 jovens, entre cantores e músicos, integrando, também, elementos surdos, que interpretarão os cânticos em Língua Gestual Portuguesa.

Estes jovens vêm de diversas dioceses, incluindo das ilhas.

Durante os diferentes dias da JMJ, serão interpretados cerca de meia centena de cânticos.

A orquestra será dirigida pela maestrina Joana Carneiro.

O hino da Jornada

A música “Há Pressa no Ar”, hino da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, foi inspirada no tema da JMJ Lisboa 2023 – “Maria levantou-se e partiu apressadamente” - e desenvolve-se em torno do “sim” de Maria e da sua pressa para ir ao encontro da prima Isabel, como relata a passagem bíblica.

“Há Pressa no Ar” tem letra do padre João Paulo Vaz, e música do professor e músico Pedro Ferreira, ambos da diocese de Coimbra. Os arranjos são do músico Carlos Garcia.

O hino foi gravado, até agora, em nove línguas além da portuguesa - inglês, espanhol, francês, italiano, mandarim, vietnamita, coreano, indonésio e árabe. Foi ainda traduzido para língua gestual portuguesa.

Os locais principais

Os pontos principais do programa da Jornada Mundial da Juventude acontecerão no Parque Eduardo VII (Colina do Encontro), onde têm lugar a missa de abertura (01 de agosto), presidida pelo cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, a cerimónia do Acolhimento, com o Papa Francisco (03 de agosto) e a Via-Sacra, também com o pontífice (04 de agosto), a par do Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, onde se realizará a vigília (05 de agosto) e a missa final (06 de agosto).

A zona de Belém receberá a Cidade da Alegria e o Parque do Perdão, que incluem uma feira de vocações para apresentação dos vários movimentos e ordens religiosas, assim como uma capela e os 150 confessionários, fabricados nos estabelecimentos prisionais de Paços de Ferreira, Porto e Coimbra.

Para administrarem o sacramento da reconciliação, no Parque do Perdão, estão já inscritos 2.600, que vão permitir confissões nas cinco línguas oficiais da JMJ Lisboa 2023, nomeadamente em português, inglês, francês, espanhol e italiano. Está também previsto que o próprio Papa Francisco confesse alguns jovens no local.

Eventos paralelos

Além dos chamados eventos centrais com a presença do Papa Francisco, o programa da JMJ Lisboa 2023 vai contar, ao longo da semana de 01 a 06 de agosto, com várias iniciativas paralelas - atualmente estão confirmadas 480 -, como eventos musicais, conferências, exposições, teatro, dança, cinema e torneios desportivos.

O Festival da Juventude, a decorrer em 100 locais diferentes dos concelhos de Lisboa, Cascais, Oeiras e Loures, terá eventos apresentados por grupos de 57 países diferentes, com Portugal a ter o maior número (108).

Segundo a organização, no total, o programa do Festival da Juventude inclui a projeção de 15 filmes, 10 peças de teatro, 10 exposições, 55 eventos religiosos e de encontro, seis grupos de dança, 38 conferências e ainda dois torneiros desportivos da JMJ Sports.

Trigo para as hóstias

Duas toneladas de trigo mole produzido no Alentejo estão a ser usadas para fabricar as hóstias para as celebrações eucarísticas da JMJ.

O trigo foi oferecido pela Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais (ANPOC), em conjunto com a Germen – Moagem de Cereais, permitindo a produção, pelas Irmãs Clarissas do Mosteiro Imaculado Coração de Maria, na Estrela, em Lisboa, de milhões de hóstias para a JMJ.

As duas toneladas de trigo permitiram a produção de tonelada e meia de farinha com as características necessárias para o fabrico das hóstias.

O que são os Dias nas Dioceses

As dioceses católicas portuguesas recebem, na semana anterior à JMJ, os Dias nas Dioceses, com milhares de jovens de todo o mundo distribuídos pelo território nacional, partindo à sua descoberta.

Os Dias nas Dioceses vão decorrer na semana de 26 a 31 de julho – de fora ficam as chamadas dioceses de acolhimento, Lisboa, Setúbal, Santarém e Forças Armadas e de Segurança.

“Os Dias nas Dioceses consistem num itinerário de preparação para os peregrinos e para as comunidades anfitriãs para a JMJLisboa2023. O objetivo passa por proporcionar uma experiência eclesial de partilha de fé, do ser Igreja, da comunidade, e por mostrar a riqueza das suas tradições, da cultura e do património”, sublinha a organização.

Estão já inscritos, de norte a sul do país, cerca de 700 grupos de peregrinos estrangeiros.

Onde pernoitam os peregrinos

Os peregrinos que se inscreverem na JMJ com pedido de alojamento – um total de 214.500 até ao final de junho - vão pernoitar em instalações das dioceses de Lisboa, Setúbal, Santarém e das Forças Armadas e de Segurança, bem como em famílias de acolhimento. Mais de 7.100 famílias já manifestaram disponibilidade para acolherem jovens na semana da JMJ.

Pavilhões, associações, escolas, seminários, foram também estruturas identificadas desde o início para o acolhimento dos muitos milhares de jovens na semana de 01 a 06 de agosto, tendo a organização identificado no total de 472.926 lugares de pernoita para os peregrinos, 24.198 dos quais em famílias de acolhimento;

As refeições dos peregrinos

As refeições para os peregrinos vão ser fornecidas por estabelecimentos de restauração da zona de Lisboa, no âmbito de um protocolo estabelecido entre a Fundação JMJ Lisboa 2023 e a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

A organização aponta para que já estejam negociadas quase três milhões de refeições com mais de um milhar de estabelecimentos.

O acesso dos peregrinos às refeições será feito mediante a apresentação de ‘vouchers’ que receberão no ‘check-in’.

A maioria dos jovens que já concluíram a sua inscrição, num total de 289 mil, requereram o fornecimento de refeições.

O 'kit' do peregrino

Todos os peregrinos inscritos vão receber uma mochila com uma garrafa de água reutilizável, um terço, uma fita para a credencial, uma camisola e um chapéu.

Segundo a organização da JMJ, a garrafa de água é reutilizável, permitindo aos peregrinos "contribuírem para a preservação do planeta, redução de emissões associadas à produção e ao transporte de garrafas, resíduos em aterros e garrafas depositadas no oceano”, o terço é feito em madeira, e a t-shirt e o chapéu tipo panamá terão impresso o logótipo da Jornada.

Também os voluntários vão receber um 'kit' idêntico ao dos peregrinos, mas com a mochila e a t-shirt de cor diferente e com a identificação de “voluntário”.

O Papa Francisco foi o primeiro a receber o 'kit' do peregrino, que lhe foi entregue no Vaticano pelo presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, bispo Américo Aguiar.

Os kits – cerca de 600 mil – vão ser montados em instalações na Zona Industrial de Setúbal nas duas próximas semanas.

Organizações à margem

Alguns movimentos juvenis aproveitam a ocasião da JMJ para reunirem os seus membros em atividades nos dias que antecedem o encontro mundial com o Papa.

É o caso dos jesuítas, que promovem em Portugal o Magis, a partir de 22 de julho, esperando reunir mais de dois mil jovens em 10 dias de encontro espiritual antes do maior evento da Igreja Católica.

Jornalistas acreditados

Até ao final de junho, 2.069 profissionais da comunicação social, de múltiplos países, haviam feito já a sua acreditação para poderem acompanhar o encontro mundial de jovens com o Papa.

Milhares de árvores em nome da JMJ

Tendo presente que “o meio ambiente é um bem coletivo, património de toda a humanidade e responsabilidade de todos”, como escreve o Papa Francisco na encíclica Laudato Si, a Fundação JMJ Lisboa 2023, em parceria com a Global Tree Initiative (GTI), lançaram o desafio mundial de plantação de árvores, alertando para a importância da biodiversidade e para as alterações climáticas, sensibilizando para os seus efeitos.

A GTI registou já a plantação de 17.000 árvores dedicadas à JMJ Lisboa 2023, um pouco por todo o mundo.