"O Brasil reconhece o senhor Juan Guaidó como Presidente Encarregado [interino] da Venezuela", escreveu na plataforma social Twitter o chefe de Estado brasileiro, atualmente em Davos, na Suíça, onde participa no Fórum Económico Mundial.
Na mensagem partilhada naquela plataforma, Bolsonaro referiu que a entrada em funções por Guaidó está "de acordo com a Constituição daquele país".
"O Brasil apoiará, política e economicamente, o processo de transição para que a democracia e a paz social volte à Venezuela", concluiu Jair Bolsonaro, empossado no início do ano.
O chefe de Estado brasileiro já se tinha referido anteriormente ao Governo do Presidente Nicolás Maduro como um regime ditatorial. Por sua vez, o Presidente venezuelano afirmou que o seu homólogo brasileiro é um “Hitler dos tempos modernos”.
Juan Guaidó autoproclamou-se hoje Presidente interino da Venezuela, perante uma concentração de milhares de pessoas, no leste de Caracas.
"Levantemos a mão, hoje 23 de janeiro, na minha condição de presidente da Assembleia Nacional e perante Deus todo-poderoso e a Constituição, juro assumir as competências do executivo nacional, como Presidente Encarregado da Venezuela, para conseguir o fim da usurpação (da Presidência da República), um governo de transição e eleições livres", disse.
Segundo Juan Guaidó "não se trata de fazer nada paralelo", afirmando que tem “o apoio da gente nas ruas".
Previamente, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciava ter ordenado "uma revisão total" das relações com os Estados Unidos.
Este anúncio surgiu depois de o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, declarar apoiar Juan Guaidó, e manifestar que vai estar ao lado do povo venezuelano até que seja restituída a democracia no país.
"Decidi e dei a ordem ao ministro de Relações Exteriores, Jorge Rodríguez, para iniciar uma revisão total, absoluta, das relações com o Governo dos Estado Unidos e nas próximas horas tomaremos decisões" de caráter político e de defesa da Constituição, declarou Maduro.
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