Os media japoneses têm relatado vários incidentes relacionados com ursos nas últimas semanas. Segundo noticia o The Guardian, os ataques estão a ser associados à escassez de bolotas no habitat natural dos ursos, obrigando os animais a procurarem alimento em áreas mais povoadas. Antes de hibernarem, em novembro, os ursos negros, por norma, ingerem nozes calóricas para poderem engordar.
Além da escassez de alimento, o abandono de terras agrícolas também foi um dos motivos apontados para a dissolução das fronteiras entre florestas e aldeias.
Os ecologistas advertiram, por isso, que os encontros entre ursos e humanos continuarão, enquanto não for feita uma intervenção por forma a assegurar o abastecimento de bolotas e outros alimentos no verão e início do outono.
Uma das situações reportadas deu-se em Ishikawa e deixou quatro pessoas feridas, entre as quais um homem na casa dos 90 e dois caçadores que teriam sido chamados para fazer frente ao urso. Esta semana, outro urso negro entrou num centro comercial, sendo abatido passadas 13 horas de buscas pelo animal.
De acordo com o Ministério do Ambiente, 157 pessoas foram feridas em ataques de ursos no país durante o ano passado, o número mais elevado numa década, e uma pessoa morreu.
Para assegurar a conservação da população de ursos, que se encontra em declínio no Japão, e ao mesmo tempo a manter a população em segurança, uma das possíveis soluções é o estabelecimento de espaços de alimentação seguros para evitar que os ursos se aventurem em áreas povoadas.
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