"O Rui Rio é um dirigente partidário um pouco diferente do habitual", começou por afirmar antes da chegada do presidente nacional dos social-democratas à Herdade do Chão da Lagoa para a festa do PSD-Madeira.

"Normalmente em Portugal os dirigentes partidários só pensam em votos e ganhar eleições, o projeto do Rui Rio é um projeto de médio e longo prazo, primeiro está o Estado e depois o partido", acrescentou, lembrando que só Francisco Sá Carneiro fazia o mesmo.

Sobre as dinâmicas no seio do PSD nacional, Alberto João Jardim, que foi presidente do Governo Regional entre 1978 e 2015, salientou que "um líder tem necessidade de ter a sua equipa".

"Um líder que tem na Assembleia da República deputados que não seguem a sua orientação obviamente tem de pô-los fora", observou, acrescentando estar "100% de acordo com aquilo que Rui Rio tem feito nesse campo".

Reconheceu, contudo, que a sua postura na política "era mesmo de oposição", mas "cada um tem seu estilo pessoal".

Alberto João Jardim disse que as sondagens, que dão que nenhum partido vai ter maioria absoluta na Madeira, "valem o que valem" e que espera que o PSD conquiste mais uma vitória a 22 de setembro.

"Faço o que me mandarem, sou um militante de base, embora a comunicação social censure a minha presença nos atos do PSD", declarou quando confrontado se ia participar na campanha eleitoral para as eleições legislativas regionais de 22 de setembro.

O ex-líder considerou ainda que a presença de Rui Rio na festa do Chão da Lagoa "é uma mais valia" e só não o era no tempo de Pedro Passos Coelho "obviamente".

A festa do PSD Chão da Lagoa decorre num dia de sol, com muita animação musical e com milhares de pessoas a participar, algumas das quais seguem o presidente do PSD-M, Miguel Albuquerque, e o líder nacional, Rui Rio, no périplo pelas barracas de cada freguesia da região e dos organismos do partido, estando programado para as 13:30 horas as intervenções políticas.

(Notícia corrigida às 13h50 - Substituído, no penúltimo parágrafo, o nome de Pedro Santana Lopes por Pedro Passos Coelho)