"É uma questão profundamente inquietante perder mais uma fatia da nossa soberania económica e monetária", afirmou o líder comunista sobre a proposta avançada por Juncker e que passa pela fusão dos postos de comissário europeu dos Assuntos Económicos e de presidente do Eurogrupo.

Para Jerónimo de Sousa, que falava aos jornalistas no final de uma ação de pré-campanha da CDU para as autárquicas, em Vila Nova de Gaia, “as ordens do diretório”, particularmente dos que têm ganho com o euro, e o “aprofundamento da linha neoliberal, federalista e militarista não são boas para povos” como o português.

Jerónimo de Sousa insistiu tratarem-se de questões "em que o direito soberano pode ser mais uma vez fatiado e usurpado, em particular na área das finanças e da moeda única".

Esta manhã, Jean-Claude Juncker, dirigindo-se ao Parlamento Europeu por ocasião do seu discurso sobre o Estado da União, definiu como uma das suas prioridades "uma união económica e monetária mais forte".

Nesse contexto, o presidente da Comissão Europeia manifestou-se favorável à criação de um fundo monetário europeu, de uma linha orçamental específica para a zona euro e à figura do "ministro da Economia e das Finanças".