"Em relação a essa tensão, acho que não ajuda, particularmente quem está em casa a assistir ao debate. Ao contrário do que muitos pensam, que o grande resultado é deixar o adversário em KO, não é isso", opinou Jerónimo de Sousa, à margem de uma visita às oficinas da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), no Entroncamento.
Segunda-feira, a líder do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, já no final da discussão a seis, com as forças políticas com assento parlamentar, confrontou o atual primeiro-ministro, António Costa, acusando-o de tentar reescrever factos que levaram à solução política da denominada "geringonça" - as posições conjuntas assinadas em outubro de 2015 entre PS, BE, PCP e PEV - e de renegar a colaboração dos bloquistas.
"Acho que se perdeu ali um pouco de tempo com esses aspetos quando poderia ter sido aproveitado para cada um expor, defender as suas propostas, ideias", continuou o líder do PCP.
Para Jerónimo de Sousa, "houve ali, de facto, muitas questões laterais" que não beneficiaram ninguém, "nem quem está a ouvir nem quem está a falar nem quem está a participar".
"Não conheço. Não tenho nenhum problema de relacionamento com o BE e, no plano político, não é o BE que é o nosso adversário", limitou-se a responder o secretário-geral do PCP, quando questionado sobre se a coordenadora do BE era uma pessoa "leal" e "confiável".
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