Questionado, numa entrevista ao Expresso, sobre se a solução governativa atual será repetível, o secretário-geral do Partido Comunista Português refere que "pode aparecer uma coisa aproximada, mas igual será difícil", defendendo que "é difícil que a conjuntura se repita".

"Nós, perante cada situação concreta, tomaremos a posição concreta", adianta o líder do PCP, explicando que a 'gerigonça' surgiu num "certo momento num quadro muito difícil tendo em conta a política de terra queimada e a desgraça que constituíram aqueles quatro anos de Governo PSD/CDS".

Questionado sobre se atual legislatura chega ao fim, Jerónimo de Sousa sublinha que o "principal compromisso (do PCP) é com os trabalhadores e com o povo" e que "o futuro ao Governo pertence".

Em relação aos acordos PS/PSD, Jerónimo de Sousa afirma que não ficou "irritado ou ciumento", que estes não alteraram a atual relação da maioria parlamentar de esquerda e que celebração dos mesmos "contraria toda a tese de que o PCP é o ajudante do Governo".