Às 10:58, Jerónimo de Sousa chegou a pé e acompanhado por um segurança e um elemento do gabinete de imprensa do PCP ao Grupo Desportivo de Pirescôxe, Santa Iria da Azoia, Loures.
O líder comunista introduziu a sua escolha na urna da quinta secção desta assembleia de voto escassos quatro minutos depois, às 11:02, em virtude dos poucos eleitores presentes.
“Tranquilo. Já tive a primeira alegria, que foi o facto de o meu neto mais velho ir votar pela primeira vez. Um direito que eu não tinha quando tinha a idade dele”, congratulou-se, sem querer dar “palpites” sobre os resultados, mas antecipando uma noite eleitoral que “vai ser até às tantas”.
O líder comunista disse que iria almoçar em casa com a família antes de se dirigir para o centro de trabalho comunista Vitória, na lisboeta avenida da Liberdade, onde a CDU tem o seu “quartel-general” para a noite eleitoral.
Jerónimo de Sousa deixou um “apelo em particular aos jovens para que votem porque foi um direito conquistado” e há que não o deixar “perder”.
“Acho que foi uma campanha muito dinâmica que os portugueses puderam acompanhar. Esperamos que isso tenha reduzido a abstenção. Aqui, neste momento, diria que [a afluência] não está muito superior à última batalha. Em termos de legislativas, está muito idêntico”, analisou.
Segundo os responsáveis daquela mesa de voto, até 11:00, tinham votado cerca de 200 pessoas.
Mais de 10,8 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro são hoje chamados às urnas para escolher a constituição da Assembleia da República na próxima legislatura e de onde sairá o novo Governo.
Segundo a Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar para as eleições de hoje 10.810.662 eleitores, mais cerca de 1,1 milhões do que nas anteriores legislativas, em 2015, devido ao recenseamento automático no estrangeiro.
Esta é a 16.ª vez que os portugueses serão chamados a votar em legislativas, concorrendo a estas eleições um número recorde de forças políticas — 20 partidos e uma coligação — embora apenas 15 se apresentem a todos os círculos eleitorais.
No total, são eleitos 230 deputados numas eleições que, ao longo dos anos, têm vindo a registar um aumento da taxa de abstenção.
Em 2015, a taxa de abstenção atingiu o recorde de 44,4%, comparando com os 8,3% nas eleições para a Assembleia Constituinte, em 1975, ou os 16,4% das primeiras legislativas, em 1976.
Comentários