“Haveremos de encontrar formas de relacionamento normal e natural que tem sempre existido na Assembleia da República”, afirmou Jerónimo de Sousa, após uma visita à escola António Arroio, em Lisboa, em vésperas de abertura do ano letivo.
Até ao momento, Jerónimo disse não ter agendado qualquer encontro com António Costa, apesar de faltar um mês para a entrega do Orçamento no parlamento, e remeteu os contactos entre o PCP e o Governo minoritário do PS para o nível parlamentar.
Habitualmente, grande parte dos contactos dos comunistas com o executivo sobre o Orçamento é feito a nível da Assembleia da República, havendo encontros entre Jerónimo e Costa ou no início ou no fim do processo de consultas.
Já sobre eventuais exigências de, no Orçamento, não estarem previstas mais verbas para o Novo Banco, o líder e deputado comunista insistiu na passagem do banco para controlo do Estado - uma posição que o partido tem vindo a defender há anos.
Na sexta-feira, na festa do Avante, o secretário-geral comunista considerou que um acordo escrito com o Governo minoritário socialista é "claramente dispensável", ressalvando que o PCP aguarda pelo próximo Orçamento do Estado e está disponível para "dar a sua contribuição".
No discurso de encerramento, no domingo, Jerónimo de Sousa disse que "não vale a pena sentenciar que o PCP não conta", sublinhando que o partido "conta muito e decisivamente" para defender os interesses dos portugueses.
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