O voto de protesto apresentado pelo Bloco de Esquerda, e lido pelo deputado António Lima, mereceu parecer favorável de todas as demais bancadas: PS, PSD, CDS-PP, PCP e PPM.
No texto, é referido que a decisão de Trump "não conhece precedente na história diplomática internacional" e "atenta contra todos os esforços de paz, do passado e do presente", perpetuando "o conflito israelo-palestiniano".
Donald Trump anunciou em 06 de dezembro que os Estados Unidos reconhecem Jerusalém como capital de Israel e que vão transferir a sua embaixada de Telavive para Jerusalém, contrariando a posição da ONU e dos países europeus, árabes e muçulmanos, assim como a linha diplomática seguida por Washington ao longo de décadas.
Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, em conformidade com o princípio, consagrado em resoluções das Nações Unidas, de que o estatuto de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelitas e palestinianos.
A questão de Jerusalém é uma das mais complicadas e delicadas do conflito israelo-palestiniano, um dos mais antigos do mundo.
Israel ocupa Jerusalém oriental desde 1967 e declarou, em 1980, toda a cidade de Jerusalém como a sua capital indivisa.
Os palestinianos querem fazer de Jerusalém oriental a capital de um desejado Estado palestiniano, coexistente em paz com Israel.
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