O exército israelita informou hoje que pelo menos 585 ‘rockets’ foram lançados de Gaza pelo grupo Jihad Islâmica desde que teve início o atual pico de tensão, tendo provocado, até agora, 29 mortos – todos palestinianos – e mais de 250 feridos.
Do total de projéteis lançados de Gaza, 470 atravessaram Israel e 115 caíram dentro da própria Faixa antes de cruzarem a cerca que separa os territórios.
Até agora, Israel sofreu poucos ataques em áreas povoadas, até porque, de acordo com o exército, o sistema de defesa antiaérea ‘Iron Dome’ tem uma taxa de sucesso de 97%, intercetando 185 dos foguetes lançados. Os restantes caíram em áreas despovoadas do país.
Embora a maioria dos projéteis disparados tenham sido dirigidos às comunidades israelitas da fronteira com Gaza, foram também disparados tiros em direção a Telavive no sábado e em direção a Jerusalém hoje, embora tenham sido todos intercetados antes de chegarem ao seu destino.
O exército informou também ter bombardeado 139 alvos da Jihad Islâmica em Gaza, incluindo instalações onde o grupo palestiniano disse que as armas eram fabricadas e armazenadas, locais de onde os ‘rockets’ foram lançados e uma rede de túneis supostamente usada pelo grupo.
Esses ataques causaram a morte de pelo menos nove membros da milícia da Jihad, incluindo Khaled Mansur e Taysir al-Jabari, os principais comandantes do seu braço armado.
Por sua vez, o Ministério da Saúde palestiniano especificou que entre os mortos se contam seis crianças e quatro mulheres.
Cinco dos menores morreram no sábado à noite após o impacto de um projétil no norte de Gaza, num incidente que, segundo Israel, foi um lançamento de foguete fracassado pela Jihad Islâmica, que, por seu lado, culpou o exército israelita pelo ataque.
O atual pico de tensão começou após a detenção, na segunda-feira, do alto dirigente da organização Jihad Islâmica na Cisjordânia, Bassem Saadi.
Face a rumores sobre a possibilidade de ações armadas de retaliação a partir do enclave palestiniano, Israel lançou um ataque "preventivo" contra alvos da Jihad em Gaza.
O movimento palestiniano Hamas mantém-se, por enquanto, à margem do conflito, o que conseguiu conter a sua intensidade, mas já condenou Israel, considerando que está “novamente a cometer crimes”.
Israel e grupos armados em Gaza têm travado vários conflitos, o último dos quais aconteceu em maio de 2021 e durou 11 dias, causando a morte de 260 palestinianos e 13 israelitas.
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