No vídeo de quase 8 minutos de duração, difundido por um braço mediático na província de Niníve (norte do Iraque) do grupo EI, cinco homens - entre eles o que se expressa em francês - executam com um tiro na cabeça prisioneiros com roupas de cor laranja, que apresentam como "espiões". Além disso, antes de ser executados, os cinco homens dizem, em árabe, os motivos que levaram à sua captura.
O jihadista que fala em francês, de quem se veem algumas madeixas loiras que escapam do capuz castanho, que só deixa à mostra os olhos, é o único dos carrascos que toma a palavra. Também é o único em roupa camuflada, já que os outros vestem de preto. Ele refere-se aos inimigos do EI como "em plena ruína" e desafia-os a aguardar algo que os fará esquecer "o 11 de setembro - em Nova Iorque - e os atentados de Paris", em novembro de 2015.
Estes últimos, reivindicados pelo EI, deixaram 130 mortos em novembro passado. O jihadista também menciona Portugal e Espanha, afirmando que o EI prevê voltar ao Al Andalus, nome dos territórios ibéricos sob domínio muçulmano entre os séculos VIII e XV da era atual, citando em particular as cidades de Toledo e Córdova.
Antes de proceder às execuções, neste vídeo filmado numa zona de ruínas não identificadas, o carrasco francófono também destaca os ataques aéreos contra o grupo jihadista na Síria e no Iraque, os quais - afirma - chocam contra o "escudo do califado". O EI proclamou em junho de 2014 um "califado" em partes de territórios que controla nestes dois países, onde impõe a sua lei e exacuta os seus atos criminosos.
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